Uma boa novela não se faz sem uma trama consistente, que prenda o telespectador; sem um bom elenco, que execute o que o autor quer transmitir; e sem um bom título, que caia no gosto do público logo de cara. Pois esse terceiro item tirou o sono dos autores de Vale Tudo.
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Dias antes da estreia da primeira versão, ocorrida em 16 de maio de 1988, a trama ainda não tinha um nome definido, o que deixou os corredores da emissora do Jardim Botânico em pânico.
Pátria Amada
Uma das primeiras reportagens sobre Vale Tudo na mídia foi publicada pelo Jornal do Brasil em 1º de março de 1988 e destacava que a novela que substituiria Mandala ainda não tinha nome definido. Faltavam pouco mais de dois meses para a estreia.
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Inicialmente, pensou-se em nomear a trama como Pátria Amada, mas esse já era o nome de um filme de Tizuka Yamasaki, lançado em 1985, o que fatalmente acabaria se transformando numa briga judicial.
Bufunfa
Os dias passavam e nada do nome ser definido. Coautor da novela, Aguinaldo Silva, em seu livro Meu Passado Me Perdoa, disse que a trama era chamada de uma forma peculiar.
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“A ‘novela sem nome’ continuou sendo chamada assim até quase a véspera da estreia, com Hans Donner a se desesperar porque, sem o título, não podia fechar a abertura e os créditos”, relatou o autor.
“Durante dois dias, por sugestão de Boni, chegou a se chamar Bufunfa, o que provocou uma crise de vômito em Gilberto. Até que, afinal, se chegou ao título com o qual ela se tornaria um clássico da teledramaturgia: Vale Tudo”, concluiu Aguinaldo.
Vinte histórias
Além da indefinição quanto ao nome, Vale Tudo também teve diversas modificações em sua sinopse para chegar ao que foi considerado ideal pelo canal.
“Até chegarmos à sinopse final, criamos umas 20 histórias. Escolher o tema de uma novela é difícil, pois quase tudo já foi focalizado. Então, optamos pela corrupção, de que tanto ouvimos falar hoje em dia”, explicou Gilberto Braga ao jornal O Globo, em 6 de março de 1988.