PÁTRIA AMADA
Nada feito: por que a Globo foi obrigada a mudar o nome de Vale Tudo?
09/11/2024 às 11h51
Uma boa novela não se faz sem uma trama consistente, que prenda o telespectador; sem um bom elenco, que leve ao vídeo o que o autor quer transmitir; e sem um bom nome, que caia no gosto do público. Pois foi esse terceiro item que tirou o sono dos autores de Vale Tudo.
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Poucos dias antes da estreia, ocorrida em 16 de maio de 1988, a trama não tinha um nome definido, o que deixou em pânico muita gente dentro e fora da Globo.
Pátria Amada
Uma das primeiras matérias sobre Vale Tudo na mídia foi publicada pelo Jornal do Brasil em 1º de março de 1988 e destacava que a novela que substituiria Mandala ainda não tinha nome definido. Faltavam pouco mais de dois meses para a estreia.
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Inicialmente, pensou-se em nomear a trama como Pátria Amada, mas esse já era o nome de um filme de Tizuka Yamasaki, lançado em 1985, o que fatalmente geraria uma briga judicial.
Bufunfa
Os dias passavam e a produção continuava indefinida.
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“A ‘novela sem nome’ continuou sendo chamada assim até quase a véspera da estreia, com Hans Donner a se desesperar porque, sem o título, não podia fechar a abertura e os créditos”, relatou Aguinaldo Silva, coautor da trama, em seu livro Meu Passado Me Perdoa.
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“Durante dois dias, por sugestão de Boni, chegou a se chamar Bufunfa, o que provocou uma crise de vômito em Gilberto. Até que, afinal, se chegou ao título com o qual ela se tornaria um clássico da teledramaturgia: Vale Tudo”, concluiu Aguinaldo.
Corrupção
Além da indefinição quanto ao nome, Vale Tudo também teve diversas modificações em sua sinopse para chegar ao formato ideal.
“Até chegarmos à sinopse final, criamos umas 20 histórias. Escolher o tema de uma novela é difícil, pois quase tudo já foi focalizado. Então, optamos pela corrupção, de que tanto ouvimos falar hoje em dia”, explicou Gilberto Braga ao jornal O Globo, em 6 de março de 1988.