Na TV brasileira, o “novo normal” realmente existirá?

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Ao final da minha coluna anterior, publicada no último sábado, deixei o seguinte questionamento: como será o jornalismo das emissoras no pós-pandemia? Obviamente, ninguém tem a resposta, afinal ainda estamos no meio desse furacão chamado Covid-19.

Atualmente, ouvimos a expressão “novo normal” para quase tudo e é claro que também podemos encaixá-la no meio televisivo. Entretanto, trago o foco da reflexão para o que assistimos agora, que pode ser o novo normal daqui para frente não apenas no jornalismo, mas em todo o setor, mesmo após a pandemia.

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Sabemos que qualquer meio de comunicação, principalmente a televisão, gira em torno de dinheiro (ou do lucro, como queiram). E é sobre esse ponto que quero chamar a atenção. Hoje, grande parte dos jornalistas, incluindo comentaristas políticos e esportivos, narradores e apresentadores, tem trabalhado e apresentado seus respectivos programas de casa. Então, por que isso não passaria a ser o “novo normal”? Bom, a meu ver, a palavra “economia” pode aparecer nesse contexto.

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Passada a fase inicial, que obviamente foi de adaptação e teve problemas técnicos, confesso ter me convencido de que o novo formato adotado por ESPN Brasil, Fox Sports e Grupo Globo nas transmissões dos jogos de futebol, por exemplo, está redondinho.

É provável que gastos com viagens, hospedagens e afins nos próximos anos não serão muito viáveis no meio jornalístico e, principalmente, no meio esportivo, pois a receita obviamente caiu. É aí que entra o novo normal. A solução de apresentar, comentar e/ou narrar de casa vem dando muito certo, já que as TVs se adaptaram ao formato. Dessa forma, creio que isso será um artifício usado até que a curva do crescimento (leia-se do lucro) atinja novamente um patamar positivo nos meios de comunicação.

Entendo que, em determinados momentos e coberturas, a presença do colaborador no local do acontecimento é essencial, já que TV se faz com imagens. Mas, como daqui para frente tudo se resume a evitar aglomerações, a tendência nesse “novo normal” é vermos, cada vez mais, parte desses colaboradores participando dos programas no conforto de suas residências.

Por fim, respondendo ao título desta coluna: quando sairmos da pandemia, teremos certamente novos jeitos de se fazer e de assistir televisão. A próxima década será marcada por muitas mudanças e ajustes nas produções jornalísticas e esportivas, e também no entretenimento, que será assunto em uma próxima coluna. Até sábado que vem!

SOBRE O AUTOR
Douglas Pereira é formado em Jornalismo pela PUC Minas, estudante e estagiário acadêmico em Direito, com passagens pela TV Horizonte e Rádio 98FM, em Belo Horizonte. Além de fazer prints de quase tudo que passa na TV no @uaiteve pelo Twitter, também é entusiasta da aviação, sobre a qual mantém o site Portão Um.

SOBRE A COLUNA
Um espaço para análise, opinião e crítica sobre as coberturas jornalísticas, esportivas e do entretenimento na TV brasileira.

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