A confirmação da morte do craque argentino Diego Maradona em decorrência de uma parada cardiorrespiratória comoveu não apenas a Argentina, mas todo o mundo. Sem planejar, a equipe do Jornal Hoje fez entrevistas ao vivo com personalidades ligadas ao esporte.

Um deles foi o ex-jogador e atual comentarista Walther Casagrande. Em conversa com Maju Coutinho, ele não conteve a emoção. “Estou bem chocado. Não só pelo Maradona, mas pelo Vannucci ontem. Eu joguei na mesma época em que o Maradona na Itália, ele sempre tratou a mim e a minha família muito bem”, começou.

Em seguida, ele relembrou uma fraqueza em comum com o craque argentino: o uso das drogas. “Fiquei revoltado com quem estava ao redor dele. Quem está ao redor da pessoa está vendo o que está acontecendo, o fundo do poço. Fico chocado pela perda de um grande jogador – que eu também conheci, e gostava muito – e também de um dependente químico. Para mim é muito duro”, definiu.

Quando o entrevistado não consegue segurar o choro, Maju abrevia o fim da entrevista e agradece a participação. Assista:

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Galvão Bueno lembra contradições

Instantes depois, o Jornal Hoje também abriu espaço para uma conversa com Galvão Bueno. “Como qualquer cidadão que aprecia a beleza do futebol, eu estou chocado. A cada momento, o Maradona produzia uma obra de arte, mas, sem dúvida o seu auge foi na Copa de 86”, começou o narrador.

Em seguida, Galvão continuou. “O Diego virou ‘el diez’; para muitos argentinos, um Deus. Ali no início dos anos 90, em um momento de muita lucidez, ele disse: “dizem que eu sou Deus, mas Deus existe apenas um”, recordou.

Instantes depois, ele destacou a personalidade contraditória do craque. “O gênio que nos deixa hoje teve várias vestimentas. Sempre muito contraditório, polêmico, fiel às suas convicções. Ele sempre foi um grande amigo dos amigos e inimigo implacável contra seus inimigos. De tantas guerras que ele disputou, e impossível não dizer que ele perdeu a maior delas. Perdeu para o inimigo mais terrível”, arrebatou.

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Finalmente, Galvão também falou da dependência química. “Dentre tantas vitórias que teve, sofreu uma grande derrota quando perdeu a guerra para as drogas. Maradona chegou a renascer algumas vezes, hoje não conseguiu. É lamentável, porque a gente tem que ver os dois lados, desse gênio em campo que acabou perdendo essa guerra terrível”, finalizou.

Sobre o autor

Piero Vergílio é jornalista profissional desde 2006. Já escreveu sobre diversos temas, mas há algum tempo, tem se dedicado ao que realmente gosta: trazer notícias sobre o universo da televisão. No Twitter, interage com outros fãs do veículo no perfil @jornalistavetv. Agora, sua história se cruza com a do TV História.

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