Anely, a moça que faz stripper na internet em Terra e Paixão, remete a uma figura icônica dos anos 1990. Foi Tatá Werneck, intérprete da personagem, quem revelou a inspiração: Tiazinha (Suzana Alves), estrela do programa H, apresentado por Luciano Huck na Band.

Terra e Paixão - Tatá Werneck
João Miguel Júnior / Globo

Durante a coletiva de imprensa da trama, Tatá falou sobre o estudo que fez a respeito da figura que, assim como Anely, aparecia sempre de lingerie, chicote e máscara.

“Coitada da Tiazinha. Ela é maior gata, linda. Desculpa, Tiazinha. Tem um pouquinho dela ali, lógico que dentro das devidas proporções. Mas é isso, galera. Prepare-se para ver minha bunda na TV”, contou.

Suzana, por sua vez, colheu fama e dinheiro, mas, hoje em dia, prefere viver bem longe do tipo que interpretou.

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Infelicidade no auge da fama

Suzana Alves
Divulgação / Band

Suzana se converteu há 20 anos. Ela contou, em um vídeo publicado nas redes sociais, que a religiosidade transformou a sua vida, dando-lhe coisas que os altos cachês não lhe permitiam comprar. Alves, porém, não nega o passado.

“Quando eu olho para trás eu fico pensando: ‘meu, eu era a mina mais famosa desse país. Todo mundo queria ser eu. Todo mundo queria ter o meu corpo, o meu cabelo, as minhas roupas, todas as revistas queriam me ter na capa, porque eu dava muito Ibope. Eu vivia como uma estrela do rock and roll”, relembrou.

“Eu parava todos os lugares, não podia sair da porta da minha casa sem segurança. Eu só andava cercada por uma equipe. Tinha gente para fazer minha roupa, camareira, segurança, motorista… Eu era a bam-bam-bam. E era mesmo. Não tenho que ficar negando o meu passado”, pontuou.

Encontro com a fé

Gênesis - Suzana Alves
Reprodução / Record

Contudo, apesar do êxito em todo o Brasil, a intérprete de Tiazinha não se sentia completa. Ela lamentou por não ter amigos ou pessoas que a amassem pra valer:

“Eu não fazia ideia do que era amor. Eu era frustrada. Apesar de ser a top do Brasil, eu não tinha esse sorriso, essa leveza que eu tenho hoje. Faltava pra mim”.

“E isso não encheu meu ego. Não fez com que eu ficasse aí correndo atrás de likes, de curtidas, de plásticas, de roupas, de Carnaval, de desejar o elogio dos outros. Acabou. Eu descobri o sentido da vida. Ele me amou primeiro e, por isso, eu entreguei meu corpo, minha mente, meu espírito, tudo que eu tenho para Ele”, elucidou, referindo-se a Deus e à religiosidade.

Por onde anda Suzana Alves?

Topíssima - Eri Johnson e Suzana Alves
Blad Meneghel / Record

Aos 44 anos, casada com o ex-tenista Flávio Saretta e mãe do pequeno Benjamim, Suzana Alves se dedicou, nos últimos tempos, à dramaturgia da Record (na foto acima com Eri Johnson, em Topíssima, 2019).

“Hoje, a minha vida material é completamente diferente dessa que eu vivi. Ninguém me olha mais como me olhava antes. Ou, se olha, talvez para fazer alguma crítica ou comentário por conta da vida que eu tenho hoje”, relatou.

“Eu não tenho mais o dinheiro que eu tinha antes, não tenho mais a fama que eu tinha antes. Mas eu nunca fui tão feliz como sou hoje. A felicidade de hoje nasce de dentro da fora, porque ela vem com um Deus único, que me ama de verdade. Ele reconstruiu a minha vida”, finalizou.

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Dyego Terra

Dyego Terra é jornalista e professor de espanhol. É apaixonado por TV desde que se entende por gente e até hoje consome várias horas dos mais variados conteúdos da telinha. Já escreveu para diversos sites especializados em televisão. Desde 2005 acompanha os números de audiência e os analisa. É noveleiro, não perde um drama latino, principalmente mexicano, e está sempre ligado na TV latinoamericana e em suas novidades. Análises e críticas são seus pontos fortes. Leia todos os textos do autor