Uma das atrizes mais queridas da TV brasileira, Lídia Brondi (na foto abaixo, com Cássio Gabus Mendes e Cláudia Abreu) se afastou da mídia com o fim de Meu Bem, Meu Mal (1990-1991). O último papel em novelas foi, diferente de outros tantos que desempenhou, desinteressante. Houve quem considerasse a personagem em questão como a pior da carreira de Lídia.

Cassio Gabus Mendes, Cláudia Abreu e Lídia Brondi
Reprodução / Instagram

Em Meu Bem, Meu Mal, Fernanda (Brondi) era humilhada por Isadora Venturini (Sílvia Pfeifer), mãe de Marco Antônio (Fábio Assunção). Logo no primeiro capítulo, a milionária entregava um cheque para que a moça se afastasse de seu filho. Revoltada, Berenice (Nívea Maria), mãe de Fernanda, decidiu se vingar.

A manicure transformou o suburbano Doca (Cássio Gabus Mendes) no “playboy” Eduardo Costa Brava – com o auxílio da madame Mimi Toledo (Isis de Oliveira). O falso rico seduziu Vitória (Lisandra Souto), também filha de Isadora, causando transtornos para toda a família Venturini.

Jogada para escanteio

Meu Bem, Meu Mal - Cassio Gabus Mendes e Lídia Brondi
Divulgação / Globo

Durante boa parte da trama, Nanda sofreu por ter sido dispensada por Marco Antônio. Ela ensaiou um envolvimento com André (Marcos Paulo), executivo da Venturini Designers que, por uma manobra empresarial, casou-se com a nora, então viúva, do patrão Dom Lázaro (Lima Duarte): Isadora.

Outro ponto relativo à personagem era a adoração pelo pai, Argemiro (Stenio Garcia). O ex-presidiário atazanava a vida de Berenice, especialmente após o envolvimento desta com Felipe (Armando Bógus). Ainda assim, Fernanda tomava partido dele, entrando em atrito com a mãe e o avô, Emílio (Jorge Dória).

Por fim, Nanda se acertou com Doca – com Lídia Brondi e Cassio Gabus Mendes revivendo o par de Vale Tudo (1988), depois conduzido para a “vida real”.

Figura sem relevância

Vale Tudo - Gloria Pires e Lídia Brondi
Divulgação / Globo

O saldo positivo de Meu Bem, Meu Mal para Lídia, além do romance que perdura até hoje, foi o corte de cabelo baseado em Molly Jensen (Demi Moore), protagonista do filme Ghost – Do Outro Lado da Vida (1990). Os fios no estilo “cuia”, curto, batido atrás e com franja reta, ganharam as ruas.

No mais, Fernanda ficou aquém de outros tipos da galeria de Brondi, como Verinha de Dancin’ Days (1978), Mira Maia de Baila Comigo (1981), Joyce de O Homem Proibido (1982), Tânia de Roque Santeiro (1985), Bárbara de Corpo Santo (1987) e Solange de Vale Tudo (1988, foto acima, com Gloria Pires).

Nanda não possuía função em Meu Bem, Meu Mal, estando sempre às voltas com os conflitos de outros elementos da novela. A coadjuvante de luxo também padeceu com o desajuste emocional, amargando cenas e cenas de lamúrias – o que não contribuiu para a empatia do público.

Longe dos holofotes

Cassio Gabus Mendes e Lídia Brondi
Reprodução / Instagram

Lídia Brondi se afastou da televisão após a conclusão da trama. Hoje, aos 62 anos, ela atua como psicóloga.

Mãe de Isadora, do relacionamento com o diretor Ricardo Waddington, ela segue ao lado de Cássio Gabus Mendes; os dois oficializaram a união em 2013.

Cássio segue firme e forte na TV. Após Todas as Flores, novela original Globoplay, ele foi escalado para Elas por Elas, trama que substitui Amor Perfeito às seis.

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Sebastião Uellington Pereira é apaixonado por novelas, trilhas sonoras e livros. Criador do Mofista, pesquisa sobre assuntos ligados à TV, musicas e comportamento do passado, numa busca incessante de deixar viva a memória cultural do nosso país. Escreve para o TV História desde 2020 Leia todos os textos do autor