Não será mais uma premonição de Salete (Bruna Marquezine). O que a menina tanto temia se torna realidade à luz do dia em Mulheres Apaixonadas. Fernanda (Vanessa Gerbelli) e Téo (Tony Ramos) são vítimas de bala perdida e ficam gravemente feridos.

O acidente acontece quando Téo (Tony Ramos) dá uma carona para Fernanda até o hotel, após deixar Salete na escola. No meio do caminho, o casal fica preso no trânsito. Quando os dois percebem que não se trata apenas de um engarrafamento corriqueiro, mas de uma perseguição policial, decidem sair do carro para se abrigar num local seguro.

Enquanto bandidos e policiais trocam tiros, Fernanda tenta escapar se abaixando entre os carros até alcançar a calçada. Téo, que vem logo atrás, vê que a amiga corre em direção ao tumulto. O músico tenta protegê-la, mas é atingido por uma bala perdida. Fernanda se desespera ao ver Téo caído no chão, tenta voltar para ajudá-lo e recebe dois tiros, um no peito e outro no ombro, e cai desacordada.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE


Nos capítulos seguintes, Fernanda, antes de morrer, revela a Helena (Christiane Torloni) que Lucas (Victor Cugula) é seu filho com Téo. O músico resistirá aos ferimentos, mas, assim que se recuperar, terá que enfrentar a ex-mulher e contar os segredos de seu passado.

Como foi gravada a cena

Sob a direção de Rogério Gomes, foram gravadas no dia 4 de agosto de 2003 as cenas em que a polícia fecha o cerco aos assaltantes e em que Téo e Fernanda são atingidos pelos disparos dos bandidos. Os atores estavam calmos, concentrados e atentos às orientações do diretor geral da novela.

Fernanda Gerbelli se despediu da trama feliz com o sucesso da personagem. “Ao fim de cada cena, as pessoas aplaudiam muito. Acho que isso me ajudou bastante. Com toda essa comoção do público saio da novela feliz”, conta a atriz, que também elogiou o trabalho da direção de Mulheres Apaixonadas.

Para Tony Ramos, a reação do público que lotava as calçadas do Leblon, bairro da Zona Sul do Rio de Janeiro (RJ), também foi importante. “Foi emocionante, como um teatro a céu aberto. O povo foi generoso. O carioca compreendeu lindamente as alterações que a gravação causou na rotina do bairro. A cena foi fundamental para a virada do personagem”, revelou.

A gravação, que foi realizada na rua Dias Ferreira, no Leblon, começou por volta das 10h e só terminou às 17h30, atraindo mais de 1.500 curiosos, segundo dados da Policia Militar. Ao todo, mais de 400 pessoas foram envolvidas na gravação.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE


Para realizar as cenas, trabalharam 180 profissionais, entre eles diretor, assistentes de direção, câmeras, cenógrafos, produtores de arte, figurinistas, seguranças, equipe técnica e coordenadores de trânsito.

Para simular o engarrafamento, participaram 120 carros de figuração, 100 figurantes e 20 dublês de ação, que interpretavam os policias. Para os disparos e ferimentos, foram utilizados efeitos especiais, produzidos por uma equipe de oito pessoas, supervisionada por Frederico Farfan, que, na época, já tinha 23 anos de experiência no segmento.

O artifício usado para simular a penetração da bala é produzido por um preservativo cheio de sangue cenográfico (feito com mel e corante vegetal), colocado no corpo do ator com uma proteção de metal e uma espoleta de óxido de chumbo, que é acionada a partir de um controle remoto quando os disparos de festim são feitos.

As cenas desta sequência foram gravadas no Leblon desde 2 de agosto. Rogério Gomes iniciou as gravações com a chegada dos policiais ao supermercado, que acabara de ser roubado por dois assaltantes (Jota Farias e Felipe Porto). Em seguida, foram feitas as cenas da perseguição dos carros e as dos ferimentos de Fernanda e de Téo, acompanhadas por mais de 60 jornalistas.

Compartilhar.