Memória

Mudou muito: as diferenças entre as duas versões de Mulheres de Areia

Mulheres de Areia - Marcos Frota

Marcos Frota como Tonho da Lua em Mulheres de Areia (Divulgação / Globo)

Mulheres de Areia, trama de 1993 da Globo que está no ar nas tardes da emissora em Edição Especial, é um remake de uma novela de mesmo nome produzida pela Tupi em 1973. Assim, muitos personagens criados na versão original estão presentes também na segunda versão, caso de Tonho da Lua (Marcos Frota, foto abaixo). Ambas foram escritas por Ivani Ribeiro.

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Marcos Frota como Tonho de Lua em Mulheres de Areia (Divulgação / Globo)

Mas, na versão da Globo, a autora aproveitou personagens e tramas de outra novela sua: O Espantalho (1977), produção independente de Silvio Santos transmitida na Record e na TVS – Rio de Janeiro.

Ivani uniu as duas histórias através de Virgílio Assunção (Raul Cortez). No remake, o personagem defendido por Cláudio Corrêa e Castro na versão da Tupi passou a contar com características de Rafael Nascimento (Jardel Filho), protagonista de O Espantalho. A junção resultou em alterações na trama.

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Filha diferente

Assim como Virgílio, com Clarita (Cleyde Yáconis) e Marcos (Carlos Zara), Rafael contava com uma esposa abnegada e um filho inseguro – Corina (Nathalia Timberg) e Ney (Carlos Alberto Riccelli).

Já a filha destoava da conflituosa Malu (Maria Isabel de Lizandra): Zilá (Carmem Monegal) era aliada do pai.

Na Mulheres de Areia da Globo, Ivani Ribeiro optou por manter a Malu (Vivianne Pasmanter) e excluir Zilá. Com isso, Joel (Evandro Mesquita) perdeu força.

O personagem foi extraído de O Espantalho, onde atendia por Juca (Rolando Boldrin). O namorado de Tônia (Theresa Amayo) era ludibriado por Zilá, por orientação de Rafael. A malvada ainda seduzia o irmão de Juca, Dirceu (Eduardo Tornaghi), também rifado da produção da Globo.

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Irmão mentiroso

Henri Pagnoncelli como César em Mulheres de Areia (reprodução/Globo)

Outro dilema envolvendo Joel / Juca acabou extinto. Dirceu enganava o irmão, alegando ter se formado em Medicina. A trama de O Espantalho foi absorvida, no remake, por dois personagens originais de Mulheres de Areia: César (Henri Pagnoncelli) e Zé Luís (Irving São Paulo).

O desfecho dos dois, aliás, difere da versão de 1973. Zé Luís morria atropelado após descobrir, através de Raquel (Eva Wilma), que César abandonou Ruth (também Eva) grávida. Revoltado, César assassinava a vilã com um tiro.

Em 1993, Zé Luís foi poupado do final trágico, casando-se com Carola (Alexandra Marzo). Ele, porém, rompeu com César. Irado, este perseguiu Raquel em uma estrada; a malvada perdeu o controle do carro e acabou morta ao cair em uma ribanceira.

Mais mudanças

Outros personagens de Mulheres de Areia e O Espantalho foram suprimidos no remake da Globo. Casos de Luiza (Carmem Marinho), secretária de Sampaio (Newton Prado), que assassinava Wanderley (Edgard Franco) na primeira versão de ‘Mulheres’. Na segunda versão, Vilma (Denise Milfont) deu fim ao cafajeste (Paulo Betti).

Jajá (Haroldo Botta), filho de Alemão (Serafim Gonzales), também deixou de existir. E Baby (Carminha Brandão) e Bebé (Riva Nimitz) mudaram de nome – Juju (Nicette Bruno) e Celina (Suely Franco).

Geni (Esther Góes), de O Espantalho, passou a atender por Vera (Isadora Ribeiro). Duas personagens do núcleo dela foram excluídas: a mãe Celeste (Lídia Costa) e a prima Andréia (Reny de Oliveira), que sabia de seu passado como stripper – segredo que coube a Maria Helena (Alexia Dechamps) em 1993.

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