Morreu nesta sexta-feira, 29, o escritor José Louzeiro. Responsável por diversos livros em tom de reportagem, que destrincharam casos policiais de repercussão nacional – como o da menina Araceli Crespo, em 1973, e o de Cláudia Lessin, em 1977 -, Louzeiro marcou a teledramaturgia da extinta Manchete, com novelas como Corpo Santo (1987) e Guerra Sem Fim (1993).

Nascido em 1932, em São Luís, no Maranhão, José Louzeiro atuava como jornalista desde 1948, quando começou a trabalhar no jornal O Imparcial. Transferiu-se para o Rio de Janeiro cinco anos depois.

Suas primeiras empreitadas no campo audiovisual se deram com as adaptações de dois de seus livros pelo cineasta Hector Babenco: Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia e Infância dos mortos, base para Pixote, a Lei do Mais Fraco.

Na TV, Louzeiro estreou à frente de Corpo Santo. O folhetim-reportagem, centrado no envolvimento de Téo (Reginaldo Faria) com tráfico de drogas e produção de filmes pornográficos, ganhou o APCA de melhor novela e melhor texto.

Em 1993, retomou o gênero com Guerra Sem Fim, após a primeira grande crise da Manchete – com as ações divididas entre a família Bloch e o grupo IBF. Neste mesmo período, viu censurada a minissérie O Marajá, com claras referências ao governo Fernando Collor.

José Louzeiro faleceu aos 85 anos, em razão de problemas decorrentes do diabetes.


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Apaixonado por novelas desde que Ruth (Gloria Pires) assumiu o lugar de Raquel (também Gloria) na segunda versão de Mulheres de Areia. E escrevendo sobre desde quando Thales (Armando Babaioff) assumiu o amor por Julinho (André Arteche) no remake de Tititi. Passei pelo blog Agora é Que São Eles, pelo site do Canal VIVA e pelo portal RD1. Agora, volto a colaborar com o TV História.