Morre de desgosto: o triste fim de Teresa Cristina em Nos Tempos do Imperador
10/01/2022 às 19h00
Letícia Sabatella vem ganhando destaque no papel da imperatriz Tereza Cristina, esposa de D. Pedro II (Selton Mello) na atual trama das seis da Globo, Nos Tempos do Imperador.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Na opinião da atriz, retratar um período da história do Brasil é de extrema importância, assim como a chance do público conhecer melhor figuras históricas.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Na novela, a atriz forma triângulo amoroso com Selton Mello e Mariana Ximenes, que vive a Condessa de Barral.
LEIA TAMBÉM:
● Com moral, atriz de Garota do Momento tem regalia pouco comum na Globo
● Indigente: após ser demitido por emissora, ator trocou as novelas pelas ruas
● Definido: quatro novelas antigas da Globo que voltam a partir de dezembro
“A Tereza Cristina sofreu com o golpe da República. Ela virou uma figura meio apagada, mas era uma mulher que estudava arqueologia, lia, falava línguas, buscava se aproximar do povo, tinha uma cultura rica. Como ela pode ser retratada como uma pessoa ignorante? Se fizéssemos isso, ignorantes seríamos nós. Em muitos momentos, ela é uma panela de pressão”, relatou a atriz em entrevista à Revista Quem.
Conheça a verdadeira história da “mãe dos brasileiros”, como ficou conhecida a imperatriz, incluindo seu triste fim, que deverá ser retratado na novela.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A real Teresa Cristina
Décima segunda filha dos 14 do rei Francisco I, Teresa Cristina de Bourbon-Duas Sicílias nasceu em Nápoles, em 14 de março de 1822. Ela foi a esposa do imperador Pedro II e imperatriz consorte do Império do Brasil de 1843 até a Proclamação da República, em 1889.
Pedro II e Teresa Cristina trocaram cartas quando ainda eram noivos. No entanto, eles se casaram por procuração em 30 de maio de 1843.
De acordo com os relatos históricos, o imperador ficou insatisfeito com aparência simples da noiva ao encontrá-la pela primeira vez. Ela era baixinha, troncuda e um pouco manca.
Muito se diz que era passiva, entretanto, sabe-se que tinha o gênio forte e fama de ser controladora no convívio com a família.
Na verdade, por ter sido criada e educada como uma nobre, ela não emitia opiniões. Deixava para fazer isso apenas com o marido e o auxiliava na tomada de decisões.
Dom Pedro II e Teresa Cristina tiveram quatro filhos: Afonso, Isabel, Leopoldina e Pedro Afonso. Deles, os dois meninos faleceram ainda na infância e Leopoldina morreu aos 24 anos, vítima de febre tifoide. Diz-se, inclusive, que seu figurino sóbrio era devido aos lutos que viveu.
Desgosto, doença e morte
Sua tranquila rotina doméstica terminou de forma repentina quando uma facção do Exército se rebelou e depôs Pedro em 15 de novembro de 1889, mandando que toda a Família Imperial deixasse o Brasil. A Imperatriz amava o País e seu povo e sentiu muito a partida.
Ela já sofria de asma cardíaca e artrite e, em 28 de dezembro de 1889, após terem recebido uma carta dizendo que haviam sido banidos para sempre do Brasil, sua respiração ficou cada vez mais pesada ao longo do dia.
Uma falha no seu sistema respiratório levou a uma parada cardiorrespiratória naquele mesmo dia.
Em seu leito de morte, Teresa Cristina chegou a dizer que não morria da doença, ms sim do desgosto e da dor de não poder retornar às terras brasileiras.