Clássico programa da televisão brasileira, A Praça É Nossa resiste ao tempo e segue como um dos principais destaques da programação do SBT. A atração está prestes a completar 36 anos no ar e se mantém como uma das maiores audiências do canal de Silvio Santos.
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Reprodução / SBT
Mas a habitual tranquilidade que ronda os bastidores do humorístico anda ameaçada. Uma medida tomada pela direção da emissora para a temporada de 2023 pegou boa parte do seu elenco de surpresa e gerou chiadeira entre os humoristas que contracenam com Carlos Alberto de Nóbrega.
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Mudança no calendário
Reprodução / SBT
A Praça É Nossa sempre foi conhecida por reunir vários dos grandes nomes do humor da TV brasileira. No entanto, com o passar dos anos, muitos dos veteranos que sentavam naquele banco nos deixaram. Com isso, Carlos Alberto de Nóbrega se viu obrigado a renovar o elenco do humorístico, de modo a garantir sua longevidade.
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O dono da Praça, então, passou a garimpar nomes que fazem sucesso em shows de comédia, sobretudo nos palcos paulistanos. Com isso, garantiu uma nova leva de personagens que caíram no gosto do público. Nomes como Matheus Ceará, Marlei Cevada (a Nina), Mhel Marrer e Diogo Portugal são alguns dos representantes da “nova geração”.
Justamente por grande parte dos atuais comediantes da Praça terem vindo dos shows de comédia, uma medida cogitada pela direção do SBT foi recebida com bastante apreensão. De acordo com Flavio Ricco, colunista do R7, a emissora considerou a possibilidade de transferir as gravações do programa de quarta para quinta-feira.
Agenda afetada
Leonardo Nones / SBT
Ainda segundo Ricco, a notícia caiu como uma bomba nos bastidores de A Praça É Nossa. A reação do elenco teria sido a pior possível, já que vários deles cumprem agenda de shows de quinta a domingo.
Com isso, uma mudança na rotina de gravações de A Praça É Nossa fatalmente afetaria os trabalhos paralelos do atual elenco do programa. A alteração poderia provocar até uma debandada, já que vários comediantes têm nos shows sua principal fonte de renda. Se tiverem que escolher, a atração do SBT pode levar a pior.
Fim da Praça
Divulgação / SBT
Com A Praça É Nossa, Carlos Alberto de Nóbrega mantém vivo o legado de seu pai, Manoel de Nóbrega, que criou e apresentou a primeira versão do programa, Praça da Alegria, entre 1956 e 1970. No entanto, o artista acredita que a atração não terá continuidade após sua saída.
Em 2021, Nóbrega participou do programa Conversa com Bial, na Globo. Ao ser perguntado por Pedro Bial como ele enxergava o humorístico dali a 30 anos, o contratado do SBT foi taxativo.
“Não imagino a Praça nem daqui a cinco anos. Acho que a Praça acaba comigo. Seria desejar um mal enorme para o Marcelo [de Nóbrega, filho de Carlos Alberto e diretor da Praça] passar tudo aquilo que eu passei. E o sonho do Marcelo seria sentar ali no banco. Mas eu acho que é muito peso. E eu gosto demais dele para querer isso pra ele. Porque o lugar é dele. Só que a comparação… Ele não tem a estrutura que eu tive. Eu comecei a trabalhar com meu pai aos nove anos de idade. Nós tínhamos uma afinidade muito grande”, revelou.
