O talentoso Jô Soares nos deixou em agosto de 2022, aos 84 anos. Na ocasião, a causa da morte não foi divulgada. Sua ex-esposa, Flávia Pedras, destacou que Jô desejava partir de forma “elegante”, sem fofocas a respeito de seu falecimento.
Quatro meses depois, porém, a informação veio à tona. O apresentador, diretor e escritor morreu por insuficiências renal e cardíaca, decorrentes de complicações relacionadas à obesidade.
A insuficiência renal ocorre quando os rins perdem a capacidade de executar funções básicas, como remover e equilibrar fluídos do organismo. A insuficiência cardíaca se dá no momento em que o coração não consegue bombear ou encher-se de sangue como deveria.
Jô Soares escolheu morrer em casa
De acordo com informações do jornal Folha de São Paulo, Jô Soares trabalhou mesmo durante o período de internação.
Ele se preocupava com a peça Gaslight – Uma Relação Tóxica, que estreou em setembro, mês seguinte à morte dele, no Teatro Procópio Ferreira, em São Paulo.
Ainda debilitado, Jô resolveu voltar para a sua residência.
“É difícil falar do gênio”
Segundo o médico e amigo pessoal Drauzio Varella, o comandante do Viva o Gordo (1981) e do Jô Soares Onze e Meia (1988) decidiu passar seus últimos dias assistindo filmes antigos.
O artista optou por longas-metragens do gênero noir, seu preferido.
“É difícil falar do gênio tendo convivido com ele”, declarou o oncologista na missa de sétimo dia de Jô.
A despedida
O velório de Jô Soares foi organizado pela Academia Paulista de Letras. Familiares e amigos próximos marcaram presença na cerimônia.
Flávia Pedras, que, mesmo após o divórcio, seguiu próxima de Jô, contou que ele, tendo consciência da proximidade da morte, repetia uma frase atribuída ao comediante Edmund Gwenn:
“Morrer é fácil, difícil é a comédia”.
