Matheus Ribeiro se destaca em afiliada da Globo de Goiás: “Ainda tem muita estrada pela frente”

03/06/2017 às 12h00

Por: Gabriel Vaquer
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É inegável que, nos últimos tempos, toda a Rede Globo está em um processo de renovação de seus jornalistas. Incluindo nesse sentido suas filiais e afiliadas. Mas um jovem está chamando a atenção por estar à frente de um jornal noturno da TV Anhanguera, mesmo com pouca idade.

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É o caso do jornalista Matheus Ribeiro, apresentador do Jornal Anhanguera – 2ª Edição, exibido todas as noites, às 19h15, na afiliada da emissora no Estado de Goiás. Matheus está no jornal desde o ano passado – assumiu quando tinha apenas 22 anos. Hoje, é o principal expoente e utilizado como exemplo para muitas emissoras da rede que querem renovar sem perder a seriedade.

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Em entrevista exclusiva para o TV História, Matheus conta um pouco de sua história, diz que se orgulha por ter chegado ao posto “sem padrinhos” e comenta que tem sonhos de ir para a cabeça da rede, no Rio de Janeiro.

“Sim, é um sonho, mas sinto que ainda tenho muita coisa para viver aqui. Estou gostando muito de trabalhar na TV Anhanguera e do jornal que – em equipe – estamos fazendo. Temos vários projetos em andamento, como tirar o jornal do estúdio em oportunidades especiais, se envolver mais com a população e ser um informativo cada dia mais atraente para o público. Quero continuar nessa missão!”, comenta o jornalista.

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Leia a entrevista na íntegra:

TV História – Você é o mais jovem apresentador noturno da Globo na rede. Como chegou o convite para apresentar o JA2?

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Matheus Ribeiro – Eu já apresentava os jornais da casa como substituto há cinco meses, principalmente o JA 1ª Edição, até que, na virada 2015 para 2016, fizemos uma escala de trabalho para um grupo folgar no Natal e outro, no Réveillon. A princípio, eu trabalharia no primeiro grupo, mas meu diretor precisava de um apresentador para o segundo. Foi quando ele me propôs a mudança de plantão para apresentar o JA2. Seria apenas na semana da escala, mas as coisas foram dando certo e eu continuei no jornal.

Muita gente estranhou você ter assumido a vaga com tão pouca idade ou foi tudo tranquilo?

Internamente, foi um processo tranquilo, até por eu já estar na casa, ter passado pela reportagem, participado de algumas séries especiais… Meus colegas já conheciam meu trabalho. Mas, vez ou outra, ainda encontro alguém na rua que comenta: “Nossa, você é tão novinho” (risos). Eu vejo como algo normal, não me incomoda. Acho que qualquer “desconfiança” devido à minha idade pode ser superada exercendo meu trabalho com dedicação.

Você frisa em seu Twitter que não tem padrinhos e que é do interior. Qual é a sua história, Matheus Ribeiro?

Senta que lá vem história! (risos) Nasci em Goiânia, capital do estado, mas fui criado em Piracanjuba, cidade da minha família que fica a 85 quilômetros daqui. Meu pai é agricultor e minha mãe professora da rede pública. Tive uma infância simples e eles sempre trabalharam muito para proporcionar uma boa educação para os filhos. Por isso, ficava bastante na casa da minha avó, com quem tenho uma ligação muito forte até hoje. Comecei o Ensino Médio em Piracanjuba e mudei-me pra Goiânia em 2010. Tinha sido aprovado para Jornalismo numa faculdade particular e havia a possibilidade de começar o curso sem o 3º ano. Meus pais foram contra a ideia e, por isso, “negociei” que viria para cá terminar o Ensino Médio. Foi um giro de 180º: sair do interior pra cidade, da casa da família para uma quitinete, morar sozinho aos 16 anos… Mas, hoje, vejo que valeu a pena. Fui aprovado no vestibular da Universidade Federal de Goiás, comecei a trabalhar ainda durante a faculdade, passei por outras emissoras, até entrar na TV Anhanguera no fim de 2014, mesmo ano em que terminei o curso.

Seria errado pensar que você anseia ir para os grandes centros, como São Paulo e Rio? É um sonho?

Sim, é um sonho, mas sinto que ainda tenho muita coisa para viver aqui. Estou gostando muito de trabalhar na TV Anhanguera e do jornal que – em equipe – estamos fazendo. Temos vários projetos em andamento, como tirar o jornal do estúdio em oportunidades especiais, se envolver mais com a população e ser um informativo cada dia mais atraente para o público. Quero continuar nessa missão! Mas, é claro que faço projeções e, no futuro, almejo outras experiências. Ainda tem muita estrada pela frente.

Quais são suas inspirações no jornalismo? Em quem você se espelha?

Atualmente, meu grande ídolo no telejornalismo é o Chico Pinheiro. Gosto dos comentários que ele faz no Bom Dia Brasil, do estilo descontraído e do humor ácido. É um profissional que tenho como referência. Na reportagem, gosto muito da forma como o Caco Barcellos conduz suas reportagens e a criatividade dos textos do Phelipe Sianni. Sem falar dos meus conterrâneos que estão na rede, como o Hélter Duarte, a Lilia Teles e o Luciano Cabral.

Você planeja seus futuros passos? Tem algum planejamento para este ano?

Acho que o planejamento é o combustível necessário para transformar sonhos em realidade. Sou até um pouco obsessivo, às vezes. Este ano, quero voltar a estudar, penso em cursar Direito e também aprimorar algum idioma.


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