O apresentador Marcos Mion, pai de um menino autista e grande defensor da causa, presenciou constantes termos preconceituosos ditos dentro de A Fazenda 11, atração que comandou na Record em 2019.
Por conta disso, o apresentador do Caldeirão com Mion recebeu inúmeras cobranças dos espectadores do reality, que não gostaram nada do que viram. Assim, ele resolveu se pronunciar sobre o assunto.
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Fim de papo
Na ocasião, Mion revelou, através de seus stories do Instagram, que proibiu Lucas Viana, então ganhador daquela edição, de repetir termos considerados preconceituosos com pessoas autistas.
Durante toda a duração do reality, era comum o peão usar termos como “mongol”, “retardado” e até mesmo “autista”, na intenção de ofender outros competidores. Assim, Mion contou que fez de tudo para que o participante aprendesse que aquele comportamento não era correto.
“Fui muito cobrado, mas como profissional eu não podia chamar a atenção. O Lucas ficou extremamente envergonhado, arrependido depois da conversa que tivemos, mas agora ficou tudo bem. Ele explicou que faz parte da criação dele”, afirmou o apresentador.
“Isso aqui não é um conselho, é uma ordem. Você nunca mais vai usar esses termos de forma pejorativa ou como adjetivo para menosprezar alguém”, falou Mion para Lucas.
Réplica de Lucas Viana
Ainda durante a conversa que tiveram, o apresentador afirmou que Lucas se justificou explicando que cresceu no interior e foi criado sem tanta informação.
O assunto também foi comentado por Lucas em suas redes sociais. Em seus stories do Instagram, ele explicou a situação dando a sua versão do caso, que, basicamente, foi mesma revelada pelo comunicador em seu perfil.
“Vim de um lugar em que a gente falava de brincadeira. Não via isso como maldade, fui criado assim”, disse ele.
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Marcos Mion e Romeo
Nos últimos anos, Marcos Mion se tornou um grande ativista e porta-voz da causa autista por compartilhar com seus seguidores a rotina com seu filho mais velho, Romeo, que tem transtorno do espectro autista. O comunicador compartilha o dia a dia de luta na criação do herdeiro e passou a considerar a luta pelas pessoas com autismo um propósito de vida.
“Tenho o entretenimento e a arte como missão, mas também um propósito que Deus me deu, na forma do maior amor da minha vida. E o propósito é algo que você faz porque os outros precisam que você faça”, declarou em entrevista ao Conversa com Bial, em 2022.
Um desses exemplos de luta aconteceu em 2019, quando o Senado Federal aprovou a Lei 13.977, conhecida como Lei Romeo Mion, responsável por criar a Carteira Nacional de Identificação do Autista. Através dela, as pessoas com autismo passaram a ter seus direitos assegurados, como o atendimento prioritário em locais públicos ou privados.
“Minha vontade é só pular, chorar, agradecer. Mais uma vez o Romeo vai impactar positivamente a vida de pessoas que ele nem vai conhecer. Já teve gente que olhou pra ele com desprezo, como um incapaz. Ou, como ouvi uma vez, ‘veio quebrado’. Ele agora será lembrado para sempre”, comemorou o apresentador em uma publicação na época.
