Márcio Gomes certamente é um dos brasileiros que mais estão trabalhando durante a pandemia do novo coronavírus. Nos próximos dias, ele irá assumir interinamente o comando do matinal Em Ponto, na GloboNews. Será o seu sétimo jornal em um intervalo de apenas cinco meses.

A maratona do ex-correspondente internacional começou em 22 de maio, após o cancelamento do Combate ao Coronavírus, programa criado para substituir a programação matinal da Globo no auge da pandemia. Desde então, ele passou a ser uma espécie de curinga da emissora.

Na segunda seguinte ao fim do matinal, Gomes foi efetivado na bancada do SP2. Carlos Tramontina, o titular do jornal local, está afastado por estar no grupo de risco da Covid-19 — nos bastidores, seu retorno para o posto é tido como improvável, com ou sem o surgimento de uma vacina eficiente.

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Em 10 de julho, o jornalista ganhou outra função diária na Globo. Ele passou a fazer entradas no Jornal Nacional, diretamente dos estúdios de São Paulo, para atualizar os números de pessoas acometidas pelo coronavírus. Os “dois empregos”, porém, não o impediram de ser escalado para tapar buracos em mais funções do jornalismo.

De lá pra cá, ele também foi visto na ancoragem de outros dois importantes noticiários da emissora, o Jornal Hoje e o Jornal da Globo. Sem ser o suficiente, ele também passou a ser o substituto imediato de Christiane Pelajo no Edição das 16, da GloboNews.

Sete jornais depois, Márcio Gomes já atuou em literalmente todos os horários possíveis. Em um intervalo de menos de um mês, o jornalista vai trocar as noites, no Jornal da Globo, pelo início das manhãs, no Em Ponto — e para isso, ele deve começar a trabalhar por volta das 4h.

O TV História sabe que as mil e uma utilidades de Gomes já lhe renderam uma comparação maldosa nos bastidores da Globo. Seus colegas tem lhe chamado de Ana Furtado do jornalismo, em clara referência a eterna substituta de boa parte dos programas de entretenimento da emissora.

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