Uma das mais importantes séries produzidas pela TV Globo, A Grande Família teve duas versões, ambas de enorme sucesso. A primeira foi ao ar entre 1972 e 1975, enquanto a segunda versão foi ainda mais exitosa e ficou incríveis 14 anos no ar, entre 2001 e 2014.
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Apesar da trajetória bem-sucedida, há uma espécie de maldição que ronda o elenco da produção. Vários atores que passaram pelo humorístico encararam tragédias ou problemas na carreira.
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Morte do avô
A segunda versão de A Grande Família fez tanto sucesso que, até hoje, as figuras de Marco Nanini, Marieta Severo e Pedro Cardoso se confundem com a dos personagens Lineu, Nenê e Agostinho. Mas, logo em seus primeiros anos, a produção quase foi cancelada em razão de uma terrível tragédia.
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Intérprete de seu Flor, o ator Rogério Cardoso faleceu em 2003, vítima de um infarto. A notícia pegou todo mundo de surpresa e abalou os bastidores de A Grande Família. Anos depois, Lucio Mauro Filho, que vivia Tuco, revelou que a série quase acabou depois deste triste episódio.
“Fomos para a Globo para decidir se o programa ia continuar. Quando me perguntaram se queria continuar, eu disse não. Sabe aquela música ‘naquela mesa está faltando ele’, como nós vamos sentar naquela mesa e gravar e o Rogério não estar ali? Fizemos uma votação e fui voto vencido, graças a Deus”, confidenciou o artista ao podcast Podpah, em 2022.
Outro personagem que nos deixou foi o Tio Mala, vivido por Francisco Milani, que perdeu luta contra um câncer terminal.
Brigas, doença e falência
A longeva duração da segunda versão de A Grande Família transformou os atores do elenco em uma família de verdade. E, como se sabe, familiares brigam. Um desentendimento entre Pedro Cardoso e Guta Stresser, a Bebel, acabou se tornando público e rendeu muita confusão.
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De acordo com o colunista Leo Dias, Pedro e Guta tiveram um sério desentendimento durante as gravações. O ator chegou a dizer que a colega ia trabalhar embriagada e a ofendeu, chamando-a de “péssima atriz”. Guta negou que tivesse ido trabalhar embriagada, mas disse que o fato acabou atrapalhando sua carreira.
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Além dos problemas com Pedro Cardoso, Guta Stresser também enfrenta dificuldades com relação à saúde. Há alguns anos, ela foi diagnosticada com esclerose múltipla e, desde então, vem se tratando da doença, que está com os sintomas controlados.
Quem também passou por perrengues foi Marcos Oliveira, o inesquecível Beiçola. Com o fim da série, o ator ficou desempregado e passou por sérios problemas financeiros.
Ele chegou a contar com a ajuda dos amigos para pagar as contas e tratar seus problemas de saúde. Tempos depois, voltou aos holofotes ao pedir mais doações para conseguir comer.
No passado
Mas não foi apenas o elenco da segunda versão que passou por situações tristes. Artistas que participaram da primeira versão de A Grande Família também tiveram seus momentos de dificuldades.
É o caso de Djenane Machado, que interpretou Bebel na primeira temporada da atração. A atriz passou a chegar atrasada nas gravações e acabou deixando a série na segunda temporada, quando foi substituída por Maria Cristina Nunes. Djenane teve problemas com álcool e drogas, o que a fez se afastar da TV. Ela morreu em 2022.
Já Luiz Armando Queiroz, o primeiro Tuco, teve mais sorte na carreira. Além da série, ele também participou de várias novelas, apresentou programas e se tornou diretor de TV.
Seu último trabalho foi como diretor da minissérie Chiquinha Gonzaga (1999), mas ele já estava bastante doente nessa época. Ele lutava contra um linfoma e faleceu em março de 1999, pouco tempo após o fim da produção.