Maldição? Coincidência trágica marca reprises de O Rei do Gado

Divulgação / Globo

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Grande sucesso da faixa das oito/nove da Globo na década de 1990, O Rei do Gado (1996) repete o êxito a cada “nova reprise”. A trama de Benedito Ruy Barbosa já está em sua terceira exibição no Vale a Pena Ver de Novo e, mais uma vez, é bem-recebida pelo público da faixa.

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No entanto, a atual reapresentação do folhetim repete uma estranha coincidência vista nas anteriores. Toda vez que O Rei do Gado é reexibida, a novela das nove da Globo flopa. Seria uma “maldição”?

Reprise amaldiçoada

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A coincidência envolvendo os repetecos de O Rei do Gado no Vale a Pena Ver de Novo foi observada por um perfil do Twitter chamado @tenistaoficial. O usuário da rede social relembrou que a saga de Bruno Mezenga (Antonio Fagundes) foi reapresentada nos anos de 1999, 2015 e agora, entre 2022 e 2023.

Em todos estes anos, a novela do horário nobre da Globo amargava baixíssimos índices de audiência. Enquanto a primeira reprise ia ao ar, a emissora exibia Suave Veneno, de Aguinaldo Silva, que amargou números péssimos para os padrões da época.

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Já em 2015, a trama das nove era Babilônia, de Gilberto Braga, Ricardo Linhares e João Ximenes Braga, que também bateu o recorde negativo da faixa até então.

Atualmente, o folhetim do horário nobre é Travessia, que deve figurar entre as novelas das nove menos vistas da história da Globo.

“Sobrevivi”

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Em 1999, enquanto O Rei do Gado era reprisada pela primeira vez, a trama das nove da Globo era Suave Veneno, um dos maiores fiascos da carreira de Aguinaldo Silva. A produção estrelada por José Wilker e Gloria Pires penou com a baixa audiência e foi alvo de inúmeras críticas.

A novela girava em torno da família de Waldomiro Cerqueira (Wilker), conhecido como “rei do mármore”, e suas três filhas, Márcia Eduarda (Luana Piovani), Maria Antônia (Vanessa Lóes) e a pérfida Maria Regina (Letícia Spiller). O empresário se apaixona pela desmemoriada Inês (Gloria), sem imaginar que ela esconde um grande segredo.

A trama penou para agradar o público, o que obrigou o autor a fazer mudanças ao longo de sua trajetória. Aos poucos, a audiência subiu, mas Suave Veneno acabou rotulada como fracasso. Os bastidores tumultuados até geraram um boato de que Wilker teria circulado pelos estúdios da Globo com uma camiseta onde se lia: “Suave Veneno: eu sobrevivi!”.

Mais problemas

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Já em 2015, enquanto O Rei do Gado fazia sucesso novamente nas tardes da Globo, estreava no horário nobre Babilônia. A última novela de Gilberto Braga, escrita com Ricardo Linhares e João Ximenes Braga, foi a trama menos vista do horário até aquele momento.

Os autores prometeram uma trama policial de alta voltagem, com o embate entre duas megeras: Beatriz, de Gloria Pires, e Inês, de Adriana Esteves. No entanto, a queda de braço das vilãs se revelou morna logo na primeira semana.

Além disso, o folhetim foi alvo de reclamações por conta do beijo entre Teresa (Fernanda Montenegro) e Estela (Nathalia Timberg), que eram um casal, logo no primeiro capítulo. A trama também foi considerada pesada por muita gente. A audiência logo atingiu índices preocupantes, obrigando a Globo a intervir no enredo.

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Ao longo dos meses em que ficou no ar, Babilônia foi completamente transfigurada e se perdeu, não conseguindo elevar a audiência do horário e firmando-se como um grande fracasso. Seu recorde negativo só foi batido com Um Lugar ao Sol (2021).

Agora, a história se repete com Travessia, que corre o sério risco de fechar como a segunda novela menos vista do horário, deixando Babilônia em terceiro lugar. Enquanto isso, O Rei do Gado, novamente, faz sucesso no Vale a Pena Ver de Novo…

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