Estamos na 18ª edição do Big Brother Brasil e – oh, que surpresa! – ainda temos participantes que desconhecem o princípio básico do jogo: quem decide o resultado é quem tá aqui do lado de fora. Esta peculiaridade do BBB parece ter sido completamente esquecida pelos membros da tal “sétima aliança” – Ana Paula (eliminada na última terça-feira, 13), Caruso, Diego, Nayara, Patrícia, Viegas e Wagner; agora também, o pretenso casal Jéssica e Lucas.
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Na semana que passou, os brothers receberam com certa incredulidade a eliminação de Ana Paula, a tal “bruxinha”, que, durante sua estadia na casa mais vigiada do Brasil, dedicou-se a confabular com seus parceiros – em especial, Diego e Patrícia – e a repetir, quase como um mantra, que “mandava no jogo”. Ah, ilusão… Bastou a aliada cruzar a porta de saída para Patrícia mergulhar numa maré de esclarecimentos e desculpas; chegou a dizer que muito do que pensava era obra de Ana Paula.
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Eis que, na quinta-feira (15), Patrícia demonstrou que também sabia pensar com a própria cabeça. Tão logo Diego foi declarado campeão da prova do líder, ele e ela se propuseram, de novo, a orquestrar o próximo paredão. Não houve tempo para chegarem a um consenso. Minutos depois, Tiago Leifert estabeleceu contato com a casa, desculpando-se pelo erro (absurdo) da produção, que deu dois pontos ao brother, “tomando” por alguns instantes a vitória de Ana Clara.
Nos minutos seguintes, Diego já articulava votos com Caruso. E assim foi até a noite de ontem (18), quando a “sétima aliança”, certa de que os dois mais votados no confessionário formariam o paredão com a indicação do líder, mirou em Gleici e Mahmoud. Nayara foi a dissidente: após se envolver em uma intriga com Caruso e Lucas – e ser a eleita da liderança de Ana Clara e Ayrton -, a jornalista decidiu votar no primeiro.
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De tão apegados a suas convicções, a “sétima aliança” não consegue ler o jogo do público. Nem a ligação com o astral de Ana Paula a fez compreender que a saída de Jaqueline, na terça-feira anterior (6) à sua eliminação, era um indicativo de que a intriga, feita por ela, que parecia acometer Mahmoud fora interpretada de outra maneira pelo principal elemento do jogo: o público votante. É como aquela brincadeira no meio da rua: quem assiste é o dono da bola; quem irrita, tem de sair do campo.
É o que deve acontecer amanhã (20) com Nayara. A sister é um poço de contradições: fala em representatividade, empoderamento e minorias; votou, com machismo, em Jéssica – “porque mulher bonita pode fazer um milhão fora da casa” – e já debochou dos modos da acreana Gleici, seu oposto. Tida como a vítima de uma situação socioeconômica desfavorável, criada em ambiente inóspito, Gleici passou de “bicho acuado” a “fera ameaçadora”. Não por caso, tornou-se alvo constante.
Também contraditório é Caruso, que entrou na casa já alvejado por comentários homofóbicos resgatados em suas redes sociais – o que faz sua rusga com Mahmoud parecer homofobia. O brother, afeito a combinação de votos – atitude que o telespectador considera abominável -, gosta de palpitar no jogo dos outros; critica, por exemplo, o envolvimento de Jéssica e Lucas, o noivo fiel que parece não resistir à tentação (e que, de tanto se justificar, soa cada dia mais fake).
Wagner também merece atenção. Aparentemente muito próximo de Ana Clara, Ayrton, Gleici e Mahmoud, o brother não deixa de votar com Caruso e Viegas. Parece jogo duplo – principalmente se levarmos em consideração que, numa das muitas combinações, ele chegou a dizer que levaria Gleici “para o lado” da sétima aliança. Outrora promissor; agora, nadador preparado que, por erro de cálculo, deve morrer na praia.
Desta forma, o BBB18 caminha rumo ao favoritismo de Ana Clara, Gleici e Kaysar – que, já passou da hora, precisa parar de votar de forma a fugir da influência na formação de paredão. Talvez irônico, Diego cogitou “tornar-se planta” nas próximas semanas, fugindo do jogo. Outra prova da leitura equivocada que a “sétima aliança” tem do reality: quem combina voto, não ganha; quem paga de planta, também não. Agora, quem é alvo…