Uma das minisséries mais bem-sucedidas da história da Globo, A Casa das Sete Mulheres (2003) vai ganhar um remake. Ou quase. A trama terá uma nova versão, desta vez assinada por Angela Chaves.

Mariana Ximenes e Thiago Fragoso em A Casa das Sete Mulheres
Mariana Ximenes e Thiago Fragoso em A Casa das Sete Mulheres

Trata-se de mais uma revisita de um clássico do audiovisual brasileiro. Em meio a uma recente onda de remakes – como Pantanal (2022), Elas por Elas (2023) e Renascer (2024) -, a nova versão do romance que se passa em meio à Revolução Farroupilha virá para reforçar a nostalgia do público.

Romance assinado por Letícia Wierzchowski, A Casa das Sete Mulheres ganhou uma adaptação na Globo pelas mãos de Maria Adelaide Amaral e Walther Negrão.

A volta do sucesso

De acordo com o jornal O Globo, o romance A Casa das Sete Mulheres, de Letícia Wierzchowski, ganhará uma nova adaptação para o audiovisual. Desta vez, o livro será transformado em uma série curta, com roteiro de Angela Chaves.

A autora, responsável por Os Dias Eram Assim (2017) e Éramos Seis (2019) na Globo, está em alta por conta do sucesso de Pedaço de Mim na Netflix. A série com trama de novela tornou-se um dos maiores êxitos da plataforma e chegou a ser a produção mais vista no mundo.

A nova versão de A Casa das Sete Mulheres é um projeto da produtora Boutique Filmes e ainda não tem plataforma de exibição confirmada. Além deste novo trabalho, Angela Chaves também se dedica à adaptação de Véspera, livro de Carla Madeira, para uma série na Max.

Êxito na Globo

A adaptação de A Casa das Sete Mulheres na Globo, assinada por Maria Adelaide Amaral e Walther Negrão, fez um enorme sucesso na emissora. Com 51 capítulos, a produção dirigida por Jayme Monjardim foi ao ar entre 7 de janeiro a 8 de abril de 2003.

A trama se passa durante a Revolução Farroupilha, no século 19, e acompanha a família de Bento Gonçalves (Werner Schunemann), líder dos farrapos. Enquanto Bento e os homens vão para a batalha, sua esposa Caetana (Eliane Giardini) e as mulheres da família se abrigam na estância de Ana Joaquina (Bete Mendes), irmã de Bento.

Maria (Nívea Maria), a outra irmã de Bento, além de Rosário (Mariana Ximenes), Mariana (Samara Felippo), Perpétua (Daniela Escobar) e Manuela (Camila Morgado) – as filhas de Bento e Caetana – completam as sete mulheres do título. A trama é contada sob a perspectiva de Manuela, que se apaixona por Giuseppe Garibaldi (Thiago Lacerda).

Com média de 28,3 pontos no Ibope no ingrato horário das 23 horas, A Casa das Sete Mulheres foi uma das minisséries da Globo mais vistas da década de 2000. A produção foi reprisada em 2006 e teve um novo repeteco em 2012, desta vez apenas para algumas praças. O canal Viva já a reexibiu três vezes.

Nostalgia em alta

A Casa das Sete Mulheres não será um remake, já que se trata de uma nova adaptação do romance de Letícia Wierzchowski, num novo formato. No entanto, por se tratar da mesma história, a nova produção deve chamar a atenção dos fãs da versão anterior, surfando na atual onda de nostalgia.

Revisitar obras clássicas sempre fez parte do expediente do audiovisual no Brasil e no mundo, mas, nos últimos anos, tal prática se intensificou. A Globo, por exemplo, vem fazendo remakes de forma mais frequente. Tanto que, depois de Pantanal, Elas por Elas e Renascer, o canal apostará numa nova Vale Tudo no ano que vem.

No streaming, novas versões de clássicos também estão em alta. A Max lança no ano que vem uma nova versão de Dona Beja, clássico da Manchete. Além disso, a plataforma também planeja um remake de Pai Herói (1979).

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André Santana é jornalista, escritor e produtor cultural. Cresceu acompanhado da “babá eletrônica” e transformou a paixão pela TV em profissão a partir de 2005, quando criou o blog Tele-Visão. Desde então, vem escrevendo sobre televisão em diversas publicações especializadas. É autor do livro “Tele-Visão: A Televisão Brasileira em 10 Anos”, publicado pela E. B. Ações Culturais e Clube de Autores. Leia todos os textos do autor