A maior fria da carreira de Boris Casoy estreava há exatamente 14 anos. No dia 17 de abril de 2007, era exibida a primeira edição do obscuro Telejornal do Brasil, noticiário do fracassado projeto da TV JB, canal eleito o “Mico do Ano” pelo jornal O Globo em 2007.

Âncora do TJ Brasil, do SBT, entre 1988 e 1997, e depois do Jornal da Record (foto acima), da Record, entre 1997 e 2005, Boris estava afastado do vídeo desde que saiu do canal de Edir Macedo, que reformulou seu jornalismo a partir de 2006.

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O jornalista aceitou o convite do empresário Nelson Tanure, que já investia na mídia através dos tradicionais Jornal do Brasil e da Gazeta Mercantil, que havia adquirido alguns anos antes, e voltava seus olhos para a televisão, através de uma parceria com a CNT, que seria gradualmente transformada em TV JB – inicialmente, eram mostradas seis horas de produção própria, no horário nobre.

Casoy assinou contrato em janeiro de 2007 e a estreia foi prevista para março, mas acabou acontecendo apenas em 17 de abril, quando toda a grade entrou no ar.

O Telejornal do Brasil era exibido de segunda a sexta, às 22h, tendo como público-alvo as classes A e B, com total liberdade editorial para o âncora. A direção ficou a cargo de Dácio Nitrini, que já havia trabalhado com ele em outros noticiários.

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Segundo matéria da Folha de S.Paulo de 19 de janeiro de 2007, o informativo, em razão do horário, quando o público já teria visto as notícias do dia, teria tom mais analítico, uma das especialidades de Casoy.

Mas os planos não saíram conforme o esperado. A audiência não saía do traço e logo surgiram problemas financeiros.

A produção do jornal era precária, com cenários pobres, falta de pessoal e equipamentos enfrentando constantes problemas. Muitas vezes, Casoy teve que ler as notícias diretamente no papel em sua bancada, já que o teleprompter parava de funcionar.

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No dia 5 de setembro de 2007, por decisão judicial, a CNT parou de transmitir a programação da TV JB, alegando falta de pagamento. No dia 10 do mesmo mês, as atrações voltaram ao ar através da Rede Brasil, no mesmo esquema, mas somente por uma semana. No dia 17 de setembro, apenas cinco meses depois da estreia, veio a derradeira edição. Mais de 200 pessoas foram demitidas com o fim da TV JB.

No ano seguinte, Boris Casoy fechou com a Band, onde enfrentou uma polêmica em 2009, no Jornal da Band, quando fez um comentário, que classificou como “infeliz”, sobre um gari que desejava uma mensagem de fim de ano. Isso lhe rendeu uma condenação na Justiça por danos morais e muita repercussão negativa junto ao público.

Ele ficou na Band até 2016, quando ingressou na RedeTV!, onde ficou até o ano passado. Atualmente, ele comanda um programa na TV Gazeta.

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