Responsável por Vai na Fé, próxima novela das sete da Globo, Rosane Svartman é uma das principais revelações dentre os autores lançados pela emissora nos últimos anos. Ao lado do parceiro Paulo Halm, a novelista assinou uma das mais bem-sucedidas temporadas de Malhação, a Sonhos (2014), e também escreveu dois dos maiores sucessos do horário das sete.

Carolina Dieckmann Vai na Fé

Totalmente Demais (2016), que marcou a estreia de Rosane como titular de novelas, foi um êxito em todos os sentidos. Vitória que se repetiu em Bom Sucesso (2019), um grande sucesso de público e crítica. Com isso, Vai na Fé estreia cercada de expectativas.

Sucesso total

Com Paulo Halm, Rosane Svartman escreveu Totalmente Demais, trama que foi responsável por revitalizar o horário das sete em 2016. A história de Eliza (Marina Ruy Barbosa) não apenas foi uma das maiores audiências do horário na década de 2010, como também foi campeã de engajamento.

O público torceu avidamente pelo triângulo amoroso bem armado pelos autores. Enquanto parte da audiência torcia para que Eliza ficasse com Arthur (Fabio Assunção), outra parte desejava ver a mocinha nos braços de Jonatas (Felipe Simas).

Totalmente Demais, aliás, pode ser considerada um fenômeno, já que a novela repetiu o sucesso original em sua reprise. Resgatada na faixa das sete em 2020, por conta da pandemia da Covid-19, a trama obteve uma audiência ainda maior que na primeira exibição: 29,5 pontos de média geral, contra 27,38 em 2016.

A torcida do público, aliás, também se repetiu. Mais uma vez, os espectadores se dividiram entre Jonatas e Arthur. Nem mesmo o fato de ser uma reprise impediu o público de torcer por Arthur, que, já se sabia, não ficava com Eliza no final…

Outro sucesso

Bom Sucesso

Rosane Svartman repetiu a parceria com Paulo Halm em Bom Sucesso (2019). Mais uma vez, o sucesso aconteceu. Assim como Eliza, a heroína Paloma (Grazi Massafera) caiu nas graças do público e ganhou a torcida da audiência.

A crítica também aplaudiu a trama, que falava sobre morte de uma maneira delicada, terna e agridoce. A relação entre Paloma e Alberto (Antonio Fagundes) – paternal para ela, e um amor platônico do lado dele – emocionou. Além disso, Bom Sucesso teve o êxito de inserir a temática da literatura em seu enredo, sem parecer chata ou pedante.

Mais uma vez, êxito total. Bom Sucesso fechou com média de audiência de 28,8, figurando também entre as novelas das sete mais bem-sucedidas da década passada.

Pressão

Rosane Svartman

Com isso, a pressão sobre o novo trabalho de Rosane Svartman (foto acima) é grande. Desta vez, a autora assina o folhetim sozinha, sem a parceria de Paulo Halm, o que aumenta a expectativa do público e da própria emissora.

Mas Rosane se mostra confiante em seu novo trabalho. Tanto que quer voltar a dividir o público com um triângulo amoroso envolvente, como em Totalmente Demais. A autora até confessou estar pronta para ser “xingada no Twitter”.

“Eu tenho de repetir isso para mim mesma quando eu começo ler aqueles tuítes aguerridos e passionais. Mas acho que o que a novela provoca é um fenômeno espetacular. É maravilhoso porque é um laço social que a novela, de alguma forma, provoca. A gente consegue ter o possível retrato da repercussão que a novela gera no país, e eu acho isso impressionante, é um fenômeno”, disse ela, ao Notícias da TV.

No que depender do histórico e da vontade de Rosane Svartman, Vai na Fé tem tudo pra dar certo.

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André Santana é jornalista, escritor e produtor cultural. Cresceu acompanhado da “babá eletrônica” e transformou a paixão pela TV em profissão a partir de 2005, quando criou o blog Tele-Visão. Desde então, vem escrevendo sobre televisão em diversas publicações especializadas. É autor do livro “Tele-Visão: A Televisão Brasileira em 10 Anos”, publicado pela E. B. Ações Culturais e Clube de Autores. Leia todos os textos do autor