Maior apelo de Vai na Fé já foi visto em outras novelas da Globo

25/01/2023 às 19h45

Por: André Santana
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João Miguel Júnior / Globo

Ao anunciar que Sol (Sheron Menezzes), a mocinha de Vai na Fé, era uma mulher evangélica, a autora Rosane Svartman surpreendeu boa parte do público e da imprensa. Muitos acreditaram que a Globo estava seguindo o espaço da Record e investindo em novelas religiosas.

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João Miguel Júnior / Globo

Porém, a surpresa foi bastante desproporcional ao fato em si. Afinal, apesar de ter sido encarada como pioneira, Sol não é a primeira mocinha evangélica de uma novela da Globo. Nem mesmo a segunda. Outras mocinhas protestantes já passaram pela tela da emissora no passado.

Rebeca foi a primeira

Meu Bem Querer - Alessandra Negrini

Divulgação / Globo

Segundo o site Observatório da TV, com informações do canal Safra92 do YouTube, a Globo já teve outra mocinha evangélica na faixa das sete. Trata-se de Rebeca, personagem de Alessandra Negrini na novela Meu Bem Querer, exibida em 1998.

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Escrita por Ricardo Linhares, Meu Bem Querer era a típica novela passada numa cidadezinha do interior do Nordeste. Desta vez, a trama era situada em São Tomás de Trás, pequeno município próximo a Greenville, Tubiacanga e Resplendor, outras cidadezinhas de novelas que o próprio Linhares assinou com Aguinaldo Silva.

Na trama, Rebeca era a filha do pastor Bilac (Mauro Mendonça), líder evangélico do lugar. Ela se apaixona por Antônio (Murilo Benício), filho de criação do padre Ovídio (Claudio Correa e Castro), autoridade máxima da igreja católica. No entanto, Bilac deseja que sua herdeira se case com Juliano (Leonardo Brício), a quem considera seu sucessor na igreja.

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Por isso, Rebeca acaba se unindo ao escolhido pelo pai, enquanto Antônio encontra consolo nos braços de Lívia (Flavia Alessandra) que, por sua vez, era o grande amor de Juliano. Assim se formava o “quadrado amoroso” principal da trama de Ricardo Linhares.

E teve outra!

Babilônia - Luísa Arraes

Alex Carvalho / Globo

Babilônia (2015), escrita por Gilberto Braga, Ricardo Linhares e João Ximenes Braga, também contou com uma mocinha evangélica. Trata-se de Laís (Luisa Arraes), uma jovem romântica que se apaixona por Rafael (Chay Suede).

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Na trama, os dois pombinhos vivem uma paixão impossível, justamente por conta da religião. Isso porque Laís pertence a uma família bastante conservadora. Já Rafael é filho adotivo de um casal homossexual, formado por Tereza (Fernanda Montenegro) e Estela (Natalia Thimberg), e não tem religião.

Aderbal Pimenta (Marcos Palmeira), o pai de Laís, é um político desonesto que se esconde sob a fachada de religioso e pai de família, constantemente orientado por sua mãe, Consuelo (Arlete Salles), idosa hipócrita e preconceituosa. Já Maria José (Laila Garin), a mãe da mocinha, também é evangélica e religiosa, mas se mostra mais compreensiva quanto aos assuntos familiares e sua fé.

Guerra santa

Babilônia - Chay Suede e Luísa Arraes

Renato Rocha Miranda / Globo

Assim, quando descobre que a filha está namorando um rapaz sem religião, e que, ainda por cima, tem duas mães, Aderbal se coloca imediatamente contra o relacionamento, assim como Consuelo, que não esconde seu preconceito com o casal de lésbicas.

Ao longo de Babilônia, Laís e Rafael enfrentam diversos conflitos familiares para conseguirem viver este amor. Mesmo tendo visões de mundo diferentes, os dois permanecem fiéis às suas crenças até o fim, mostrando que a religião não precisa ser uma barreira entre as pessoas.

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