Maconha fez ex-ator da Globo deixar as novelas: “Nunca tive dúvida”

Ricardo Petraglia

Ator que participou de grandes sucessos da televisão, Ricardo Petraglia começou sua carreira como cantor. No início dos anos 1980, ele lançou uma música que fez muito sucesso: “Bate que eu Gamo”.

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Com o destaque na área musical, ele aproveitou para iniciar sua trajetória na dramaturgia. Sua primeira participação em uma novela aconteceu em A Revolta dos Anjos (1972), na extinta TV Tupi.

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Esteve presente em Malu Mulher (1979), Água Viva (1980), Salomé (1991), As Noivas de Copacabana (1992) e A Viagem (1994). O ator ainda se destacou em tramas como História de Amor (1995) e Por Amor (1997).

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Além disso, o artista apresentou o programa Topo Gigio na Bandeirantes, em meados dos anos 1980, quando o ratinho que já havia conquistado o Brasil na Globo, anos antes, foi revivido.

Ida para a Record e saída da televisão

Depois de quase 30 anos na Globo, o ator foi contratado pela Record e fez parte do elenco das novelas Caminhos do Coração (2007), Poder Paralelo (2009), Vidas em Jogo (2011), Máscaras (2012), Pecado Mortal (2014) e Os Dez Mandamentos (2015), sendo essa novela o seu último trabalho na televisão, pelo menos até o momento.

Ricardo resolveu se afastar da telinha para cuidar de sua saúde e defender a legalização da maconha.

Em entrevista ao jornal O Globo em 2021, explicou que teve um problema de saúde que teve e, por conta da Hepatite C, não pôde usar medicamentos para o tratamento.

“Depois de algum tempo, eu tive um problema no quadril, coloquei uma prótese coxofemural e isso desequilibrou a minha coluna vertebral. Para complicar, não posso tomar anti-inflamatórios e analgésicos porque tenho hepatite C, e esses remédios são muito danosos para o fígado. O meu médico então me perguntou por que eu não experimentava a maconha”, relatou.

Ativismo pela maconha

Quando fala da maconha, ele também se refere ao óleo de canabidiol, que é extraído da cannabis e usado para fins medicinais e ajuda pacientes com diversos problemas de saúde.

O uso do óleo melhorou as dores e a insônia de Ricardo e o levou a buscar um habeas corpus para que pudesse cultivar a erva de forma legal.

“Existe uma movimentação para demonizar e THC (o princípio psicoativo da maconha) e endeusar o CDB (o óleo de canabidiol), como se o recreativo fosse condenável. Nunca tive dúvida de que estava na TV para vender sabão e fazer merchandising de banco. Agora não vendo mais sabão, vendo maconha e sou um militante da legalização. Acho que deve ser direito de todo mundo fazer uso do que quiser desde que não afete a própria saúde nem a vida das outras pessoas”, enfatizou o ator.

Com 72 anos, Ricardo está longe da TV, mas mantém um canal no YouTube, onde mostra a sua rotina e tira todas as dúvidas sobre o uso da Cannabis.

“Antigamente eu era maconheiro, agora sou paciente”, concluiu, gargalhando.

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