Lutando por herança, viúva de astro virou ambulante para sobreviver

Paulinho Roupa Nova - Elaine Soares

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A herança de Paulinho, vocalista do Roupa Nova, rendeu batalhas na Justiça. O cantor faleceu em dezembro de 2021, aos 68 anos, vítima de complicações da Covid-19.

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Viúva de Paulinho, Elaine Soares Bastos foi aos tribunais para ter a união de quase duas décadas reconhecida. À espera da solução, Elaine enfrentou dificuldades financeiras – ela chegou a atuar como ambulante.

Formada em Psicologia e Direito, Elaine Soares ficou desempregada, já que deixou as duas carreiras para se dedicar a Paulinho, que padeceu com um linfoma meses antes de seu falecimento.

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Disputa com enteados

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A busca de Elaine envolveu a entrada na partilha de bens do artista, junto dos filhos dele, Twigg de Souza Santos e Pedro Paulo Castor dos Santos.

De acordo com o programa Balanço Geral, da Record, Elaine moveu um processo contra os enteados por ter sido excluída do inventário acerca da herança e da divisão dos patrimônios do músico.

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Segundo Twigg, a documentação – que Pedro deu entrada em 16 de dezembro de 2021, na 7ª Vara de Sucessões e Órfãos do TJRJ – ficou parada por conta da ação movida pela madrasta.

Socorro de amiga

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Os filhos de Paulinho alegaram que a ex-madrasta já não estava mais com ele quando o mesmo faleceu. Elaine, por sua vez, afirmou ter um documento assinado pelo cantor, atestando os cuidados dela no período em que o famoso enfrentou os problemas de saúde que culminaram com sua morte.

Com o imbróglio na Justiça, Elaine Soares Bastos recorreu a uma amiga. Ela passou a trabalhar numa barraca do Saara, centro comercial do Rio de Janeiro, vendendo taças de acrílico.

“Uma banca na calçada, onde bate sol o tempo todo. Não posso cuspir no prato que comi, porque ela foi muito legal comigo. Poderia ter dito que não, mas dividiu comissão comigo”, declarou à revista Quem.

Perrengues

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Os percalços foram muitos, de acordo com Elaine.

“Como estava chegando a semana do Natal e estou no processo de esperar o inventário e o formal de partilha – já que só a partir deles poderei seguir a minha vida, independentemente de estar trabalhando ou não – entrei em contato com minha amiga porque sabia que ela tinha essa loja para ver se ela me dava uma força nos 15 dias que antecediam o Natal. Para eu arrumar um dinheiro qualquer”, relatou.

“Vendia tacinhas de acrílico. Só que o que deu de comissão não chegou nem a R$ 50, então não valeu a pena. Mas, de qualquer maneira, tenho minha mãe, vou passar o Natal com ela. Mas queria um dinheiro extra para comprar uma lembrancinha para o meu sobrinho, para a minha afilhada, filha do meu sobrinho, que tem quatro aninhos, porque criança cobra, gosta e tal”, lamentou.

Decisão judicial

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Elaine aproveitou a entrevista para explicar como, mesmo com duas faculdades, acabou desempregada:

“Tenho duas formações: sou psicóloga, trabalhei 15 anos na Pfizer como gerente de recursos humanos, e depois, casada com o Paulinho, fiz faculdade de Direito. Ele pagou para eu fazer. Falou: ‘faz, namorada, você leva jeito’. Fiz exame de ordem, passei. Só que durante o tempo em que estávamos casados, cuidava de tudo, de mim, dele, da casa. Viajava com ele e aí, para trabalhar, não teria a disponibilidade que precisava ter para acompanhá-lo nos lugares que acompanhei”.

A última informação sobre o caso, divulgada pelo portal Metrópoles, afirma que Elaine Soares foi declarada inventariante, em março do ano passado.

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