Impedida de trabalhar e afastada da mídia desde 2015, Lúcia Alves, uma das musas dos anos 70, passou a viver reclusa enquanto trata um câncer no pâncreas. A atriz realiza sessões de quimioterapia e já chegou a ser internada em um hospital do Rio de Janeiro.
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A artista de 75 anos ficou na memória do telespectador brasileiro pela sua presença marcante em obras como Bicho do Mato (1972), Senhora (1975), Plumas e Paetês (1980), Ti Ti Ti (1985), Barriga de Aluguel (1990), Tropicaliente (1994), entre tantas outras.
Medo de morrer
Há muito tempo sem dar entrevistas, a veterana, que não aparece nas telinhas desde República do Peru (2015), série da TV Brasil, quebrou o próprio protocolo e falou abertamente sobre a doença e o medo de morrer.
“No meu tratamento, eu tomo uma cervejinha. Adoro. Antigamente eu até bebia umas coisas mais pesadas, agora não. A cerveja não embebeda. Como ter mau-humor com esse deleite?. Não é um dia de cada vez para quem bebe. Um dia após o outro. É assim. Não fico contando: passei mais um dia. Porque eu não vou morrer de câncer”, disse ao podcast Papagaio Falante.
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Qual a doença de Lúcia Alves?
Debilitada por um câncer no pâncreas, além dos desdobramentos causados pelo diabetes, Lúcia vive a vida e confessa ter apenas um medo.
“Não é a morte que é o doloroso da vida. A morte é ruim, porque você tem que abandonar as pessoas que você mais ama. Mas viver é maravilhoso. Não tenho medo de morrer, só de deixar minha filha e meu neto”, disse em entrevista a Sérgio Mallandro e Renato Rabelo.
“Tenho um problema de diabetes, que te tira o equilíbrio, que se chama fascite plantar. Às vezes estou muito sem equilíbrio. Mas vou vivendo um dia após o outro. Porque amanhã, não sei como vai ser”, avaliou a artista.
Por onde anda Lúcia Alves?
Por causa do agravamento do câncer e da fascite plantar, a atriz não pode mais trabalhar, já que constantemente perde o equilíbrio do corpo e precisa ficar mais sentada ou deitada quem em pé.
“Como eu não posso trabalhar, às vezes sento na beira da minha cama e fico um tempão sem pensar em nada. Não tenho hora, não tenho nada pra fazer. Eu vivo sem fazer nada, que é uma delícia. Antes eu fazia tanta coisa que me mantinha numa aceleração desgovernada. Mas eu não tenho tédio. Tenho o prazer de estar viva”, afirmou.
De papéis marcantes na TV, Lúcia marcou com suas participações em Irmãos Coragem (1995), Tropicaliente (1994) e O Cravo e a Rosa (2000). Sua última participação nas novelas foi uma passagem por dois capítulos de Joia Rara (2013). A derradeira novela inteira de sua carreira até o momento foi Uma Rosa Com Amor (2010), do SBT.