Em 5 de maio de 1989, a Globo encerrava a exibição de Vida Nova, de Benedito Ruy Barbosa. Apesar de ter feito uma brilhante reconstituição da São Paulo dos anos 1940, a trama não despertou grande interesse do público e ainda contou com um fato triste em sua trajetória.
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Foi a última novela de Lauro Corona, que se afastou da produção em fevereiro daquele ano para se tratar das complicações decorrentes do vírus da Aids.
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Caso comoveu o Brasil
O caso comoveu o Brasil, ainda mais depois da bela cena de despedida do personagem, o português Manoel Vitor.
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Ele partiu de volta para sua terra-natal, em um carro escuro, em noite de chuva e declamou, em off, um poema de Fernando Pessoa.
De acordo com reportagens da época, o ator se isolou em uma chácara no interior paulista e havia a expectativa de que ele pudesse retornar às gravações na reta final.
Mas isso não ocorreu. Corona viria a morrer um mês e meio após o final da novela, em 20 de julho de 1989, aos 32 anos.
Autor mexeu na novela
Para suprir a falta do personagem, Benedito resolveu matar o judeu Samuel, vivido por José Lewgoy, “para criar um impacto maior na história”, segundo o autor.
Além de Corona e Lewgoy, também integraram o elenco Yoná Magalhães, Carlos Zara, Osmar Prado, Nívea Maria, Deborah Evelyn, Paulo José, Giuseppe Oristânio e Patrícia Pillar, entre outros.
De acordo com o especialista Ismael Fernandes no livro Memória da Telenovela Brasileira, a novela não pegou porque “faltava um filão central, um fio condutor que despertasse o interesse geral”.
Nunca reprisada, a trama foi a última de Benedito Ruy Barbosa na Globo antes dele migrar para a Manchete, onde escreveu Pantanal.