Mesmo sem querer, Guta Stresser (na foto com Pedro Cardoso) acabou sofrendo com algo que muitos artistas temem: ficou marcada por uma única personagem, que fez muito sucesso. A atriz, que luta contra a esclerose múltipla, falou sobre o fato em participação no programa The Noite, do SBT, em 2017.
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Guta interpretou Bebel em A Grande Família entre 2001 e 2014. Desde que a série da Globo terminou, ela nunca mais atuou na televisão, ao contrário da maioria dos integrantes do elenco.
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“Nunca fui chamada para fazer novela, mas faria. Acho o trabalho dos colegas maravilhoso, estou aberta a qualquer trabalho na minha área. Sendo uma personagem maneira, por que não? Mas nunca rolou nenhum convite, então não sei. Talvez os diretores não me vejam muito [como atriz de novela]. Sempre fiz série, vai ver acham que só faço série. Mas eles se surpreenderiam ao ver como eu faria bem uma novela”, desabafou.
Na época, Guta também falou que gostaria que fosse realizado um reencontro do elenco para um episódio especial, algo que nunca se concretizou.
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“Seria o maior barato. Eu não botaria nenhum empecilho. Mas acho que rolaria para um especial, não vejo o programa voltando como era, semanal, com tantos episódios. Mas um especial acho que seria maravilhoso, eu iria agradecer”, enfatizou.
Luta contra a esclerose múltipla
Em 2022, a atriz revelou que foi diagnosticada com esclerose múltipla. Ela percebeu os primeiros sintomas da doença em 2020, quando participou da Dança dos Famosos, do Domingão do Faustão.
“Nem sabia direito o que era aquilo, só que afetava o cérebro, e só isso me soou aterrorizante”, contou, em entrevista à revista Veja.
A artista disse que, quando terminava o ensaio de uma coreografia, não se lembrava de mais nada. Depois, começou a esquecer palavras básicas e sentia dores musculares e formigamentos frequentes nos pés e nas mãos, além de variações de humor.
“O pior era um zumbido constante no ouvido. Parecia que havia ali um fio desencapado, provocando um curto-circuito na minha cabeça – algo como tzuin, tzuin”, pontuou.
Guta chegou a pensar que poderia ser Covid-19 ou menopausa, mas procurou um médico, recebendo o diagnóstico correto.
“Perdi o chão na mesma hora. (…) Tive muito medo. Pela minha cabeça se desenrola um filme em que eu ficava completamente incapacitada. (…) Mas, com a ajuda do neurologista, entendi que diagnóstico não é sentença e que, apesar da doença não ter cura, ela tem, sim, um tratamento”, concluiu.