Lutando pela vida, artista teve carreira prejudicada por A Grande Família
27/05/2023 às 14h46
Mesmo sem querer, Guta Stresser (na foto com Pedro Cardoso) acabou sofrendo com algo que muitos artistas temem: ficou marcada por uma única personagem, que fez muito sucesso. A atriz, que luta contra a esclerose múltipla, falou sobre o fato em participação no programa The Noite, do SBT, em 2017.
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Guta interpretou Bebel em A Grande Família entre 2001 e 2014. Desde que a série da Globo terminou, ela nunca mais atuou na televisão, ao contrário da maioria dos integrantes do elenco.
“Nunca fui chamada para fazer novela, mas faria. Acho o trabalho dos colegas maravilhoso, estou aberta a qualquer trabalho na minha área. Sendo uma personagem maneira, por que não? Mas nunca rolou nenhum convite, então não sei. Talvez os diretores não me vejam muito [como atriz de novela]. Sempre fiz série, vai ver acham que só faço série. Mas eles se surpreenderiam ao ver como eu faria bem uma novela”, desabafou.
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Na época, Guta também falou que gostaria que fosse realizado um reencontro do elenco para um episódio especial, algo que nunca se concretizou.
“Seria o maior barato. Eu não botaria nenhum empecilho. Mas acho que rolaria para um especial, não vejo o programa voltando como era, semanal, com tantos episódios. Mas um especial acho que seria maravilhoso, eu iria agradecer”, enfatizou.
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Luta contra a esclerose múltipla
Em 2022, a atriz revelou que foi diagnosticada com esclerose múltipla. Ela percebeu os primeiros sintomas da doença em 2020, quando participou da Dança dos Famosos, do Domingão do Faustão.
“Nem sabia direito o que era aquilo, só que afetava o cérebro, e só isso me soou aterrorizante”, contou, em entrevista à revista Veja.
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A artista disse que, quando terminava o ensaio de uma coreografia, não se lembrava de mais nada. Depois, começou a esquecer palavras básicas e sentia dores musculares e formigamentos frequentes nos pés e nas mãos, além de variações de humor.
“O pior era um zumbido constante no ouvido. Parecia que havia ali um fio desencapado, provocando um curto-circuito na minha cabeça – algo como tzuin, tzuin”, pontuou.
Guta chegou a pensar que poderia ser Covid-19 ou menopausa, mas procurou um médico, recebendo o diagnóstico correto.
“Perdi o chão na mesma hora. (…) Tive muito medo. Pela minha cabeça se desenrola um filme em que eu ficava completamente incapacitada. (…) Mas, com a ajuda do neurologista, entendi que diagnóstico não é sentença e que, apesar da doença não ter cura, ela tem, sim, um tratamento”, concluiu.