Longe das novelas, artista perdeu luta contra câncer terminal

Considerada uma das atrizes mais talentosas das artes cênicas do nosso país, Isabel Ribeiro – nome artístico de Frederica Isabel Iatti Ribeiro – nasceu em São Paulo, capital, em 8 de julho de 1941.

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Divulgação / Globo

Ela, que brilhou em novelas como Duas Vidas (1976), ao lado de Stepan Nercessian, acabou nos deixando três anos após se afastar do gênero por conta da saúde. Isabel foi vítima de um câncer de mama.

Estrela do teatro e do cinema

Reprodução / IMDB

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Isabel Ribeiro acalentava o sonho de ser médica, mas precisou abdicar dos estudos para poder ajudar a família, de imigrantes poloneses. O teatro surgiu em sua vida por acaso…

Quando se dedicava à política estudantil, Isabel enveredou pelos palcos com a peça A Bruxinha que Queria Ser Boa (1962). O espetáculo rendeu um convite do célebre diretor Augusto Boal, que a levou para o Teatro Arena, onde participou de inúmeras peças importantes da década de 1960.

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Em 1967, a atriz fez sua estreia no cinema, trabalhando com renomados diretores e se consagrando, nos anos que se seguiram, como uma das estrelas mais festejadas da sétima arte no Brasil.

Entre seus trabalhos de maior destaque estão Todas as Mulheres do Mundo (1967), Azyllo Muito Louco (1970), Os Herdeiros (1970), São Bernardo (1971), Toda Nudez Será Castigada (1973), Parceiros da Aventura (1980), Feliz Ano Velho (1987) e Besame Mucho (1987).

Carreira na TV

Reprodução / IMDB

O ingresso de Isabel Ribeiro na televisão se deu nos anos 1970, através de tramas da Tupi: Toninho On The Rocks (1970), A Selvagem (1971) e Tempo de Viver (1972). A transferência para a Globo veio em 1974.

A atriz passou por O Rebu, O Noviço (1975) e O Grito (1975). Em 1976, alcançou enorme popularidade ao viver a solteirona Sônia de Duas Vidas, trabalho que a própria destacava como um dos mais importantes entre os que fizera na televisão.

Na trama escrita por Janete Clair, Sônia se envolvia com um rapaz mais jovem do que ela, Maurício (Stepan Nercessian). O relacionamento não foi bem visto pela Censura do regime militar; a autora precisou apressar o casamento dos dois.

Isabel também marcou presença em Sem Lenço, Sem Documento (1977) e Sinal de Alerta (1978). Em 1979, voltou à Tupi com Gaivotas. E seguiu com a novela Um Homem Muito Especial (1980), produzida a princípio pela pioneira, para a Band.

A despedida de Isabel Ribeiro

Reprodução / IMDB

Isabel Ribeiro passou praticamente toda a década de 1980 na Globo. Ela atuou em O Amor é Nosso! (1981), Sol de Verão (1982), Parabéns Pra Você (1983) e Champagne (1983) e foi narradora de Anarquistas, Graças a Deus (1984).

Seu último trabalho na televisão foi como Tomásia, em Helena (1987), adaptação da Manchete para a obra de Machado de Assis. A parceria com Yara Amaral, intérprete de Dorzinha, marcou o folhetim.

Durante as gravações de Helena, Isabel descobriu um pequeno tumor no seio. Em 1988, ela se submeteu a uma cirurgia no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, chegando a se recuperar. A doença, porém, voltou a se manifestar através de metástases.

Isabel Ribeiro faleceu na manhã de 13 de fevereiro de 1990, na cidade de Jundiaí (SP), vítima de insuficiência respiratória e metástases provocadas pelo câncer de mama, aos 48 anos de idade.

Seu corpo foi enterrado no Cemitério Nossa Senhora do Desterro, no centro da cidade. Isabel era casada com o ator e produtor Altair Lima (1936-2002), com quem teve três filhos: Flávio, José Clóvis e Luiz Paulo.

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