Aberlardo Barbosa, o Chacrinha, foi um dos grandes comunicadores da nossa televisão. Ele revolucionou o programa de auditório e criou bordões, quadros e personagens que são lembrados até hoje.

Rita Cadillac e Vera Fischer
Reprodução/Instagram

Um dos pontos principais do programa eram as chacretes, bailarinas que dançavam e ajudavam o Velho Guerreiro. Algumas delas ficaram muito famosas. E a mais lembrada, sem dúvidas, é Rita Cadillac (na foto, ao lado de Vera Fischer), que permaneceu na mídia mesmo após o fim do programa de Chacrinha. Atualmente, a eterna chacrete investe forte no conteúdo adulto.

A chacrete mais famosa

Chacrinha e suas chacretes
Acervo

Rita de Cássia Coutinho se tornou chacrete em meados dos anos 1970, quando Chacrinha apresentava o seu programa na TV Tupi. Ela acompanhou o Velho Guerreiro na Bandeirantes e na Globo, deixando o programa em 1983.

A dançarina apostou firme na carreira de cantora e lançou o disco Merenguedê. Mas foi com a música É Bom Para o Moral que ela atingiu as paradas de sucesso e se tornou figura frequente nos programas de auditório e capas de revistas adultas.

No mundo dos filmes adultos

Alexandre Frota e Rita Cadillac
Divulgação / Brasileirinhas

A carreira na música não deu certo, mas ela passou a ser conhecida como a “madrinha dos detentos”, por conta dos shows que fazia em vários presídios. Anos depois, ela enveredou para o mundo da pornografia e atuou em oito filmes pela produtora Brasileirinhas.

A atriz nunca escondeu que um dos momentos mais desagradáveis dessa fase foi quando ela gravou com Alexandre Frota (na foto). No entanto, ela afirma que não guarda mágoas do agora político.

“Frota foi muito descortês comigo na época. Queria matar, enforcar, tudo. Mas eu não guardo mágoas, rancores. Posso ficar na neura na hora, mas amanhã já não vou esquentar. Não vou criar mais uma ruga”, relatou ao UOL em 25 de agosto deste ano.

Depois de dizer adeus ao mundo pornô, Rita participou duas vezes do reality show A Fazenda, nas temporadas de 2013 e 2017, mas não obteve sucesso na atração.

A rainha do OnlyFans

Rita Cadillac
Reprodução / Instagram

Hoje, com 68 anos, Rita produz conteúdo para o OnlyFans, plataforma adulta em que os usuários pagam para ver fotos e vídeos sensuais.

“Está ótimo, pagando as contas. Graças a Deus que continue assim. Eu tenho um [cliente] que assinou [o serviço] por três anos”, contou a dançarina à Folha de S. Paulo em abril deste ano.

Segundo ela, os ensaios sensuais ajudam as mulheres de sua idade a aceitarem o corpo e viverem felizes com a sua aparência.

“Comecei a postar fotos mais sensuais no Instagram principalmente para as mulheres. Muitas têm vergonha do corpo porque se acham velhas, gordinhas ou muito magras. Quis mostrar que você é que tem de sentir plena. Muitas me agradecem, mandam mensagens”, declarou.

O valor da assinatura mensal chega a R$ 79,00 por mês. Segundo ela, o trabalho não é simples, mas ajuda bastante na hora de pagar as contas.

“Eu penso o conceito do ensaio, a locação e levo a equipe: fotógrafo, maquiadora, cabeleireiro, produtora, todo mundo ganha o seu. Eu agradeço todos os dias porque estou ganhando dinheiro, guardando um pouquinho, e as contas estão em dia. Não devo nada a ninguém”, confidenciou ao UOL.

A dançarina e cantora afirma que estudou e se especializou, mas que o sucesso mesmo vem da sensualidade que a personagem Rita Cadillac adquiriu ao longo dos anos.

“Eu pintei, fiz teatro, mas não posso negar: é com essa Rita que eu ganho dinheiro. Não adianta eu vir de freira. Tenho que assumir o corpo, o bumbum que o latino-americano adora”.

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Fábio Marckezini é jornalista e apaixonado por televisão desde criança. Mantém o canal Arquivo Marckezini, no YouTube, em prol da preservação da memória do veículo. Escreve para o TV História desde 2017 Leia todos os textos do autor