Longe da TV, musa da Globo nos anos 70 perdeu luta contra câncer

31/12/2022 às 17h22

Por: Fabio Marckezini
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Sylvia Dulce Kleiner é o verdadeiro nome de Bibi Vogel (foto abaixo), uma artista que fez grande sucesso na música e na TV. Ela, que tinha uma brilhante carreira, deixou tudo de lado por uma grande causa.

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Bibi Vogel

Acervo

Filha de judeus alemães que fugiram do nazismo, ela começou sua carreira no início dos anos 1960 como modelo e fez várias propagandas para a Coca Cola, Nestlé, Azaléia, entre outras empresas. A sua beleza e o seu talento a levaram para o cinema, e ela esteve presente em alguns longas, como Anuska, Manequim e Mulher e Panca de Valente.

Além de modelo, ela também cantava – Mundo em Festa, Amor de Hora Marcada, Garota que Canta e Nosso Sorriso Paralelo foram algumas das canções que fizeram sucesso com a sua voz.

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Estreia na TV como vilã

Bibi Vogel - Os Ossos do Barão

Acervo

A sua estreia na televisão foi em 1969, quando ela atuou em Nino, o Italianinho, na extinta TV Tupi. Ela vivia Natália, mulher invejosa e ciumenta, que fazia parte do triângulo amoroso entre Nino (Juca de Oliveira) e Bianca (Aracy Balabanian). Em 1971 fez parte de A Fábrica, escrita por Geraldo Vietri.

Em 1973, é contratada pela Globo para atuar em Os Ossos do Barão (na foto, ao lado de Edney Giovenazzi e Carmen Silva), dando vida a Lavínia. No ano seguinte esteve presente em O Espigão, novela de Dias Gomes. Segundo Bibi, interpretar Samanta era o melhor momento de sua carreira.

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“É a primeira vez que interpreto uma profissional liberal, uma mulher que trabalha. Até agora, nas três novelas que fiz anteriormente, só interpretei dona de casa, grávida, noiva e estudante”, falou ao O Globo em 11 de agosto de 1974.

Carreira na TV

Bibi Vogel e Alfredo Zemma

Reprodução

Ela faria mais duas novelas na Globo – Bravo!, exibida em 1975, e uma participação em Espelho Mágico, de 1977. Nesse período, ela conheceu o diretor argentino Alfredo Zemma, com quem acabou se casando. Se mudou para Buenos Aires, mas sempre vinha ao Brasil para fazer trabalhos.

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Bibi deixou de lado a carreira de atriz e dirigiu, em 1980, o documentário Maternidade. Foi a partir disso que ela conheceu As Mães de Maio, mulheres que lutam para encontrar os filhos que sumiram na ditadura militar da Argentina.

Ativista do movimento feminista, ela criou no Brasil o grupo Amigas do Peito, que luta pela conscientização do aleitamento materno.

Último trabalho

Bibi Vogel

Reprodução

O seu último trabalho na televisão foi no SBT, quando ela viveu Fernanda Veiga na novela infanto-juvenil Chiquititas, um grande sucesso da emissora em 1997.

Longe da TV e dos palcos, Bibi Vogel morreu no dia 3 de abril de 2004, aos 61 anos, vítima de um câncer no estômago.

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