Longe da TV, musa abre o jogo sobre as drogas: “Não me arrependo”

Lúcia Veríssimo e Maitê Proença

Lúcia Veríssimo e Maitê Proença

Maitê Proença (na foto com Lúcia Veríssimo) se tornou uma das grandes atrizes brasileiras logo quando surgiu na televisão, na década de 1970. No entanto, por trás da grande estrela da TV, existe uma história trágica relacionada a problemas familiares que abalaram toda a vida da artista.

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Reprodução / Facebook

Nascida em São Paulo, a atriz viveu por muito tempo em Campinas, onde os primeiros conflitos aconteceram.

Aos 12 anos, ela teve que lidar com o assassinato da mãe pelo próprio pai, que esfaqueou a esposa por ciúme. Além disso, Proença também presenciou o suicídio dele e o do irmão, tempos depois.

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Todo esse histórico de traumas fez Maitê Proença enfrentar uma fase difícil na qual acabou entrando no mundo das drogas – segundo ela, sem maiores danos.

Fase ruim com as drogas

Maitê (na foto em Dona Beija, 1986), ainda adolescente, sofreu com ansiedade e depressão. Tais doenças eram tratadas com fortes medicamentos. O momento delicado a fez ter contato com os mais variados tipos de drogas, experiência que ela relatou em entrevista à revista IstoÉ Gente, em 27 de setembro de 1999.

“Não me arrependo de nada, mas acho que tive sorte porque outros pararam ali e ficaram. Eu consegui sair. Consumi diversas drogas em várias épocas e desde cedo. A primeira vez que fumei maconha foi aos 14 anos. Era haxixe, na verdade. Não senti nada”, declarou.

“Acho que, num período da minha vida, já no Rio, bebi demais. Eu perdi um pouco a medida do álcool, uma bebida que não consideram droga, mas é uma das mais perigosas porque é liberada. Admito que pisei na bola com bebidas. É uma droga que tenho que tomar cuidado” ressaltou ela.

Declaração polêmica

Reprodução / Instagram

A atriz sempre fez questão de frisar que nunca se tornou dependente química e, felizmente, não sofreu enquanto consumia substâncias lícitas ou ilícitas, nem para abandoná-las.

Maitê Proença relatou à revista Quem, em 2014, que as drogas a ajudaram a se livrar dos traumas que carregou, bem como na expansão da sua mente e na busca por conhecimento – em uma fala que gerou polêmica, por atribuir ao uso de entorpecentes o mesmo efeito de terapias desenvolvidas por profissionais de saúde.

“Se a droga for usada de maneira boa – não sei se a palavra é essa –, ela amplia sua visão, troca sinapses e desfaz condicionamentos. A droga bem usada resume dez anos de análise. Isso me aconteceu, não estou falando irresponsavelmente. Eu era uma e virei outra. Desfiz traumas de 30 anos em uma noite. Virei outra”, afirmou Maitê.

“Aquela dor desmoronou, virou nada, com uma só compreensão. O que eu fiz em seguida foi elaborar o entendimento. Larguei todas as drogas que usei sem qualquer sofrimento”, concluiu.

Retorno aos trabalhos

Divulgação / Globo

Maitê Proença, hoje com 65 anos, carrega um currículo de peso, com sucessos como Jogo da Vida (1981), Guerra dos Sexos (1983), Sassaricando (1987), O Salvador da Pátria (1989, foto acima, com Lima Duarte), Felicidade (1991), Torre de Babel (1998), Da Cor do Pecado (2004), entre outras.

Longe da Globo desde que atuou em Liberdade, Liberdade (2016), a atriz acionou a emissora na Justiça em um processo relacionado a direitos trabalhistas.

Recentemente, ela surpreendeu ao aparecer de cabelos escuros para a sua mais nova personagem. Maitê assinou com a Netflix para uma participação especial na terceira e última temporada da série Bom Dia, Verônica, onde viverá a mãe do vilão Doúm, interpretado por Rodrigo Santoro – que também acertou com o streaming para o desfecho da obra.

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