Sob o comando de Emílio Surita (foto abaixo), o Pânico já revelou vários nomes que seguem na TV até hoje. No entanto, outras revelações da atração não tiveram a mesma sorte e acabaram sumindo da telinha.
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É o caso de Carlos Henrique de Andrade Adão, que ficou conhecido como Charles Henriquepédia nos tempos do Pânico na TV (2003-2012), exibido pela RedeTV!. Carlos sempre foi um garoto atento e que adorava televisão e decorava datas, fatos e nomes de programa. E foi essa “memória de elefante” que chamou a atenção da trupe do humorístico.
A figura se tornou presente nas coberturas de festas e eventos do programa, encontrando famosos e listando os programas ou novelas que cada um tinha participado, deixando os artistas espantados com todas as lembranças que Charles trazia. Mas, com o fim da atração, ele saiu do ar. Rumores indicavam que ele estava passando por dificuldades e teria virado flanelinha.
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Com o bordão “ah, moleque”, Charles divertia o público com o seu jeito espontâneo ao falar com os famosos e interagir com os colegas do programa, mostrando toda sua sinceridade. De família humilde, ele teve sua vida melhorada graças ao trabalho no Pânico.
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“Comprei uma casa em Campo Grande, mas o meu sonho de consumo é comprar um New-Beetle”, contou ele ao Extra, em 2012.
Em 2012, o Pânico se mudou para a Band, mas Charles Henriquepédia ficou de fora e não acompanhou seus colegas para a casa nova.
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Os boatos
Em outubro de 2013, o jornal O Dia noticiou que Charles estaria passando por dificuldades e estaria pedindo dinheiro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e pegando papelão pelas ruas.
Em 2018, durante uma entrevista ao Domingo Show, de Geraldo Luís, ele negou os boatos.
“Eu sempre levo uma toalhinha quando saio de casa para secar o meu rosto, por causa da minha transpiração. Essa história de que estou trabalhando como flanelinha é boato, nunca fiz isso”, afirmou.
As verdadeiras dificuldades
Na entrevista, Carla, irmã de Charles, revelou que ele tem a Síndrome de Asperger, explicando a facilidade para decorar datas e fatos, mas também as dificuldades em se socializar.
“Isso o prejudica no convívio com as pessoas. O diagnóstico veio quando ele tinha uns 15 ou 16 anos. Ele teve muita dificuldade de adaptação nas escolas. Se a professora cometesse erros na lousa, ele a advertia. Ele não toma nenhuma medicação hoje em dia. Quando tomou, começou a atrapalhar. Ficou muito lento. E o Charles sempre foi muito falante e ativo”, falou Carla.
A síndrome de Asperger é um estado do espectro autista, e que o portador, geralmente, tem uma adaptação maior. Essa condição leva a pessoa a ter interesse e domínio total sobre um assunto. No caso de Charles, o assunto é a história da televisão.
Charles Henriquepédia segue com seu bom humor, mostrando que entende tudo de televisão e que tem o carinho dos famosos e daqueles que trabalharam com ele no Pânico.