Sucesso nos anos 90, o repórter Rodolfo Carlos, ou apenas Rodolfo, fez muito sucesso na televisão através dos programas de Ratinho, na CNT e na Record, e Gugu Liberato, no SBT, nos quais fazia uma dupla cômica com Cláudio Chirinan, o ET.
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No auge do sucesso, ele brigou com o primeiro ao resolver assinar para trabalhar com o segundo. Mas acabou esquecido ao ser demitido do SBT e chegou a trabalhar como pedreiro.
Rodolfo era produtor de TV quando foi convidado por Carlos Massa para fazer com ele uma atração na CNT, nos anos 1990. Desde então, criou um estilo ao tocar matérias malucas a bordo de carros bizarros, que, por muito tempo, também permeou os programas de Ratinho.
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Dupla de milhões
A dupla com ET surgiu no Ratinho Livre, da Record, e rapidamente foi um estouro em audiência, quando também começariam as pendengas. ET e Rodolfo migraram de mala e cuia para a estação de Silvio Santos, integrando o elenco do Domingo Legal.
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“O SBT me ofereceu R$ 10 mil. Ganhava R$ 5.000 e a Record me ofereceu R$ 35 mil para ficar e R$ 15 mil para Cláudio’. A gente aceitou, mas eu falei: ‘Uma condição, eu não quero trabalhar mais para Ratinho’, contou ao UOL no último 14 de julho.
Isso porque, quando decidiram ouvir a proposta da TV do Baú, ele não havia conseguido contatar o parceiro, que ficou muito aborrecido com a troca.
“Avisei que eu ia assinar e ele não podia me atender. Depois que assinei, ele me ligou e tivemos uma discussão feia”, recordou.
Tudo Legal
Já com Augusto Liberato, tudo foi festa até 2001. Naquele ano, Cláudio foi demitido devido ao seu alto salário.
Ele viria a falecer nove anos depois, aos 46 anos, vítima de choque séptico, broncopneumonia e insuficiência renal.
Era o começo do fim. Rodolfo seguiu ainda até 2009 no canal, quando foi demitido em razão de uma crise financeira da empresa.
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Nos tribunais
O amor mesmo pela casa não acabou, como o repórter afirmou, mas foi instaurada uma guerra nos tribunais entre as partes.
Rodolfo processou o SBT pedindo reconhecimento de vínculo empregatício por 12 anos, tempo em que foi contratado como PJ.
A emissora recorreu e o processo se estendeu por anos. Até que ele resolveu aceitar um acordo após perceber que o caso não teria um fim nem tão cedo, mesmo já tendo saído como vencedor em outras instâncias.
“[Foram] Sete anos e dez meses de processo. Isso não vai parar nunca. Chega!”, afirmou ao portal Notícias da TV, em 11 de dezembro de 2017. “Preciso de dinheiro para dar mais conforto ao meu avô e ao meu pai. Ele está com câncer e não tem nem plano de saúde. […] Quando faço todas as contas, eu percebo: ‘Não vou ser um milionário’”, completou.
Hoje em dia, ele vive de investir em imóveis, tema que passou a se interessar após ter trabalhado de pedreiro.
“(…) Aprendi com Gugu a investir em imóveis. Dá trabalho? Dá trabalho. Fui pedreiro durante dois anos e meio numa obra em Minas e dá trabalho para nunca mais”, afirmou.