A crise econômica atinge todas as profissões, principalmente o mundo artístico. Os artistas são afetados, ficam sem emprego e buscam trabalho em outras áreas para poderem sobreviver.
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Um deles foi Maxwell Nascimento, que esteve presente na temporada de 2008 e 2009 de Malhação. Após deixar a televisão, ele passou a vender pastéis nas ruas de Santos (SP), foi motorista e entregador e atualmente, aos 34 anos, dirige para uma empresa de locação de itens para eventos.
Promessa da dramaturgia
Tudo começou quando ele foi escolhido para viver o menino de rua em Querô, filme inspirado na obra de Plínio Marcos. Por sua atuação, ele faturou o prêmio de melhor ator no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro 2006.
Depois, Maxwell foi um dos protagonistas de Malhação, dando vida a Pedro Firmino, que fez par romântico com Débora Rios, interpretada por Nathalia Dill.
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Após esse trabalho, o ator não teve mais chances na TV, e fez alguns papéis no cinema.
Dos estúdios para a barraca de pastel
Ele voltou a ser notícia em 2018, quando participou do programa Domingo Show, da Record. Naquela época, ele vendia pasteis nas ruas de Santos ao lado do pai e trabalhava como manobrista.
Na atração, ele contou a sua história e o momento difícil que passava. Além das homenagens dos artistas que trabalharam com ele, o programa ofereceu um trailer novo para vender seus pasteis e lanches.
“Não tenho vergonha de fazer isso porque fui criado com isso. Mas por que não estou na televisão? Por que não me dão oportunidade para mostrar meu talento, o dom que Deus me deu?”, explicou.
“Não tinha responsabilidade. Recém tinha saído da saia da minha mãe. Hoje seria diferente”, completou.
A volta
Um ano depois, ele recebeu a chance de voltar a atuar no filme Carcereiros, baseado na série da Globo.
“Foi uma participação maravilhosa, eu acredito que trabalhei muito bem. A expectativa pra esse trabalho é muito grande, pra mim vai ser uma vitrine muito grande. Espero voltar com o pé direito, se deus quiser”, falou o ator ao Notícias da TV em 20 de julho de 2019.
Maxwell vislumbrava a sua volta como ator, mas a pandemia atrapalhou tudo e ele voltou a vender pastéis nas ruas. Ele precisou do auxílio emergencial que o governo federal concedeu aos autônomos durante a crise para poder viver na época do lockdown.
“Como todo mundo sabe, eu não tive oportunidade na TV ainda e perante a tudo o que está acontecendo no Brasil e no mundo, por conta do coronavírus, eu não tive como trabalhar no carrinho de pastel do meu pai. Então, eu tive que recorrer ao auxílio porque eu tenho família e tenho contas a pagar. Eu espero que todo mundo entenda”, falou ao R7 em 30 de maio de 2020.
Dessa forma, Maxwell continua sua luta diária, mostrando que a vida real é muito mais dura que qualquer drama da ficção.