Várias artistas que se tornaram musas dos anos 1980 e 1990 surpreenderam o público ao ressurgirem irreconhecíveis. Relembre algumas delas:

Cláudia Alencar

Claudia Alencar
Reprodução / Instagram

Intérprete de personagens marcantes, como Patativa em Roda de Fogo (1986) e a fogosa Laura, a “Mulher de Branco”, de Tieta (1989), Cláudia Alencar estreou na televisão em 1975, em um teleteatro na TV Cultura. Em 1976, fez sua primeira novela, Canção para Isabel, na Tupi. Também passou por Band, SBT e Record.

Atualmente com 72 anos, Cláudia está longe da TV desde uma participação em Rock Story (2016). Ela, que também é artista plástica, vem se dedicando a ensaios fotográficos em suas redes sociais, onde é possível observar que segue em plena forma, mas quase irreconhecível. Cláudia sonha em voltar a atuar.

“Não estou sendo chamada para nada. Se fosse uma velhinha carcomida de 70 anos seria mais chamada. Com a minha saúde e beleza, eles não sabem o que fazer comigo. Gostaria de fazer séries na Globoplay, na Netflix, no Prime Video. Adoraria voltar para o set”, afirmou à revista Quem.

Pat Beijo

Patricia Kiss - Pat Beijo
Reprodução / Facebook

A beleza de Pat Nogueira, ou simplesmente Pat Beijo, chamava a atenção no Clube da Criança, programa infantil que a ex-miss comandou na extinta Manchete entre 1994 e 1996. Mas, com o fim da atração, a apresentadora sumiu da TV, voltando aos holofotes apenas nos anos 2000, com o nome Patrícia Kiss.

Irreconhecível, a eterna Pat Beijo se mudou para Portugal e resolveu investir na literatura erótica, lançando livros como Como Ser Sexy Demais, Irresistível: O Poder da Sedução e Superlinda. Atualmente, ela também se dedica à plataforma OnlyFans, onde comercializa fotos sensuais.

Regininha Poltergeist

Regininha Poltergeist
Reprodução / Instagram

Nascida no Rio de Janeiro em 6 de janeiro de 1971, Regininha Poltergeist é uma atriz e ex-modelo que foi considerada uma das musas dos anos 1990. Ela alcançou grande popularidade ao estrelar a peça Santa Clara Poltergeist, de onde retirou seu nome artístico. Ela também atuou em humorísticos, estampou capas de revista masculina e apresentou o programa Puro Êxtase (1998), na CNT/Gazeta.

Nos anos 2000, Regininha passou a atuar em filmes pornográficos. Além disso, com dificuldades financeiras, chegou a revelar que fez programas para sustentar o filho. Recentemente, ela surgiu irreconhecível divulgando um serviço de massagem em suas redes sociais.

Cristina Prochaska

Cristina Prochaska
Reprodução / YouTube

Após estrear como atriz em Plumas e Paetês (1980), na Globo, Cristina Prochaska emplacou diversos papéis em novelas naquele período. No entanto, ela é mais lembrada por conta de uma gafe: em 1984, Cristina trabalhava na cobertura do Carnaval na Band e estava ao lado de uma modelo seminua. O diretor, então, pediu que o câmera evitasse mostrar a nudez e deu a ordem: “fecha na Prochaska”. O profissional, sem titubear, deu um close no órgão sexual da modelo.

Ela também apresentou o Vídeo Show e o Pequenas Empresas Grandes Negócios, além de ter atuado em Vale Tudo (1988). Mas, depois, Cristina fez apenas participações, e os convites para TV ficaram mais escassos. Aos 62 anos, a atriz continua atuando no teatro. Ela também montou um estúdio de fotografia em Ubatuba (SP) e ocupou cargos públicos na cidade.

Simone Carvalho

Simone Carvalho
Reprodução / RedeTV!

Simone Carvalho estreou em novelas com um papel de destaque: a Belinha da primeira versão de Cabocla (1979). Depois disso, fez inúmeros trabalhos, mas encerrou a carreira na TV após atuar em Do Fundo do Coração (1998), minissérie da Record. Ela abandonou a televisão após se tornar evangélica. Depois, se formou em teologia, passou pelo catolicismo e candomblé, até chegar ao judaísmo.

Em 2017, ela surgiu irreconhecível no Superpop, da RedeTV!, onde relembrou a carreira e confessou alguns arrependimentos, como encomendar um “trabalho” para voltar a ter destaque na TV e os seis abortos aos quais se submeteu. Atualmente com 62 anos, Simone Carvalho vende salgados e doces tipicamente israelitas na sinagoga que frequenta.

Cleusa Maria

Cleusa Maria
Reprodução / Record

Na década de 1970, Cleusa Maria alcançou a fama como Zulu, a “bolete” que nunca sorria no Clube do Bolinha, clássica atração de auditório apresentada por Edson Bolinha Cury, exibida pela Band até 1994. Mas, após o fim do programa, a bailarina sumiu da TV.

Ela surgiu irreconhecível em 2018, quando foi entrevistada por Geraldo Luís no Domingo Show, na Record. Na entrevista, Cleusa Maria revelou que não sorria porque tinha uma paralisia facial que a impedia de executar tal ato. Por isso, ela demonstrou muita gratidão por Bolinha ter lhe dado a oportunidade de se tornar sua bailarina. Ela faleceu em dezembro de 2022, aos 70 anos.

Doris Giesse

Doris Giesse
Reprodução / YouTube

Modelo, jornalista, atriz e bailarina, Doris Giesse explodiu estrelando comerciais e estampando capas de revistas. Sua beleza ganhou notoriedade na abertura da novela Brega e Chique (1987) e, no ano seguinte, foi contratada pela Band para apresentar o Jornal de Vanguarda. Pouco tempo depois, foi para a Globo conduzir o Fantástico e o clássico Doris Para Maiores (1992).

Doris também apresentou programas no SBT e na Record, mas sumiu da TV no final da década de 1990. Em 2007, ela voltou ao noticiário ao sobreviver a uma queda do oitavo andar. Doris explicou que estava tentando apanhar seu gato quando despencou. Atualmente, a apresentadora, que está irreconhecível, tem 62 anos e se dedica à consultoria jornalística e apresentação de eventos.

Regina Restelli

Regina Restelli
Reprodução / Instagram

No ar como a vedete Bete Nigri na reprise de Bambolê (1987), no Canal Viva, Regina Restelli tem várias novelas no currículo. Mas sua carreira deu uma guinada após Barriga de Aluguel (1990), trama na qual viveu a dançarina Aimée. Foi por conta desta personagem que ela ficou conhecida como “Madonna brasileira”.

Recentemente, a atriz reapareceu irreconhecível e em uma nova profissão. Aos 62 anos, Regina Restelli atua como Terapeuta dos Chakras do portal Personare, descrevendo-se como uma ativista quântica.

Sura Berditchevsky

Travessia - Sura Berditchevsky
Reprodução / Globo

Sura Berditchevsky é um ícone das novelas dos anos 1970 e 1980. Após viver Inês em Dancin’ Days (1978), ela ganhou a protagonista de Marron-Glacé (1979), a mocinha Vanessa. Mas, após Barriga de Aluguel (1990), Sura diminuiu sua presença na telinha.

Recentemente, a atriz ressurgiu irreconhecível em Travessia, trama das nove da Globo. Na novela de Gloria Perez, ela encarnou a cigana que faz uma previsão sobre a vida de Brisa (Lucy Alves). A atriz declarou que não pretende se afastar mais da atuação e já tem outros trabalhos à vista, como na série A Magia de Aruna, do Disney+.

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Leila Lopes

Leila Lopes
Reprodução / Facebook

No ar na reprise de O Rei do Gado (1996) como Suzane, Leila Lopes fez várias novelas nos anos 1990. Sua estreia foi em O Guarani (1991), na Manchete, mas logo chegou à Globo em Despedida de Solteiro (1992). Além de Suzane, Leila também é muito lembrada pela professora Lu, de Renascer (1993).

Mas, após participar de Marcas da Paixão (2000), na Record, a carreira de Leila Lopes entrou em declínio. Ela, então, passou a atuar em filmes pornográficos. Anos depois, retornou à mídia irreconhecível, quando saiu a notícia que sofria de depressão. Leila tirou a própria vida em dezembro de 2009 e deixou uma carta se despedindo dos familiares e amigos.

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André Santana é jornalista, escritor e produtor cultural. Cresceu acompanhado da “babá eletrônica” e transformou a paixão pela TV em profissão a partir de 2005, quando criou o blog Tele-Visão. Desde então, vem escrevendo sobre televisão em diversas publicações especializadas. É autor do livro “Tele-Visão: A Televisão Brasileira em 10 Anos”, publicado pela E. B. Ações Culturais e Clube de Autores. Leia todos os textos do autor