Larissa Manoela escapa de cilada e surpreende público em Além da Ilusão

Além da Ilusão

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A estreia de Larissa Manoela na Globo gerou uma boa expectativa. Após oito anos no SBT, onde ganhou um novo olhar da mídia quando viveu a vilã Maria Joaquina, do remake de Carrossel (2012/2013).

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Depois, protagonizou Cúmplices de um Resgate (2015/2016) e marcou presença em As Aventuras de Poliana (2018/2020); agora, a atriz ganhou a chance de protagonizar uma novela das seis na emissora mais assistida do país.

Sua contratação ocorreu em janeiro de 2020, mas Além da Ilusão só foi iniciada agora, em fevereiro de 2022, por conta do caos da pandemia do novo coronavírus.

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Princesa da Disney

E a estreia de Larissa na Globo tem sido a melhor possível. A atriz emocionou na primeira fase a trama, ambientada em 1934, na pele de Elisa, uma jovem doce, romântica e que tinha um ar de princesa da Disney.

Com um figurino de cores mais suaves e em alguns tons de azul, a personagem fez jus ao posto da mocinha que o folhetim de Alessandra Poggi precisava naquele momento. Acostumada a adotar um tom mais exagerado por conta das várias tramas infantis e adolescentes que protagoniza, a intérprete não teve dificuldade de se encaixar em um enredo adulto. Sua atuação é sóbria e precisa.

As cenas finais de Elisa destacaram o talento de Larissa, que protagonizou sequências muito fortes com Antônio Calloni, intérprete do juiz Matias, pai da mocinha e assassino da própria filha. Aliás, a sequência da morte da personagem é uma das melhores da trama até o momento.

E vale destacar ainda a química que a atriz teve com Rafael Vitti, que defende com competência o mágico Davi. A primeira fase foi muito bem realizada e teve seu ciclo fechado de forma cuidadosa.

Rápido amadurecimento

Agora na segunda fase, em 1944, Larissa vive Isadora, irmã mais nova de Elisa, chamada de Dorinha na fase anterior, interpretada pela talentosa Sofia Budke. Com um figurino de cores fortes, a personagem tem uma personalidade totalmente diferente da irmã falecida.

Nada romântica, viciada em trabalho e muito prática, Isadora nem parece ter 18 anos. Mas o que pode parecer algo irreal ou forçado do enredo, teve uma boa construção: Matias traumatizou a criança quando a culpou pela morte de Elisa.

Por conta do choque, não há lembranças de sua bonita relação com a irmã mais velha e muito menos Davi. Dorinha precisou amadurecer rapidamente até como uma espécie de fuga.

Escapou de cilada

Impressiona como a interpretação de Larissa não lembra em nada o seu desempenho na primeira fase. Poderia ter sido uma grande cilada para a atriz, mas realmente parece que são duas mulheres distintas em tudo, menos na aparência.

Larissa tem feito ótimas cenas com Malu Galli (Violeta, a mãe), Danilo Mesquita (Joaquim, o noivo), Paloma Duarte (Heloísa, a tia) e Bárbara Paz (Úrsula, a sogra). Fora a sintonia com Rafael Vitti que continua a mesma.

Por sinal, Larissa tem conseguido passar toda a angústia que a personagem tem sentido depois que descobriu sobre o filho que Rafael teve com um amor do passado – na verdade uma farsa criada por Joaquim. Isadora sempre fugiu do amor por conta da tragédia na vida da irmã. Mal sabe que está amando e sofrendo pelo mesmo homem que a falecida.

Além da Ilusão vem se mostrando uma novela agradável e bem produzida. Um dos acertos é a escolha da protagonista. Não havia novela melhor para a estreia de Larissa Manoela na Globo do que a escrita por Alessandra Poggi.

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