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O The Voice Brasil chegou ao fim na quinta-feira (27/09) e o reality musical da Globo até tentou sair do desgaste através de algumas novidades, como o botão do bloqueio e a agilidade na competição que foi ao ar duas vezes na semana, chegando ao fim mais cedo que as temporadas anteriores. Porém, o formato precisa da renovação do júri urgentemente. E deixando essas observações a respeito do programa de lado, é preciso enfatizar a injustiça feita com Laís Yasmin, uma das melhores vozes da edição.
A verdade é que em todas as temporadas há um festival de injustiças, tanto em algumas escolhas questionáveis dos técnicos quanto na votação popular, sempre preferindo o ”mais do mesmo” e ignorando artistas completos. Ou seja, não foi uma novidade da sétima temporada. Todavia, ainda assim, surpreendeu negativamente ver uma voz como a de Laís eliminada em plena semifinal. O curioso é que o choque maior foi a eliminação de Priscila Tossan, que realmente era uma cantora diferenciada e franca favorita.
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Mas Priscila se deixou levar pelo clima de “já ganhou”, infelizmente. A candidata ter escolhido O Sapo, cantiga infantil que mal tem letra, para sua apresentação em plena reta final de programa expôs isso. Para culminar, sua performance foi morna e o problema na dicção ficou mais evidente.
A resposta do público acabou vindo na semifinal, uma semana depois do ocorrido, eliminando a menina e surpreendendo todos os jurados, incluindo o apresentador Tiago Leifert. A expressão de consternação de Lulu Santos, seu técnico, foi a mais representativa. Já a eliminação de Laís foi vista com certa normalidade e não deveria.
Dona da voz mais potente e ao mesmo tempo doce da temporada, Laís fez apresentações emocionantes em todas as rodadas. Não por acaso, os técnicos sempre se embasbacavam com o desempenho da candidata, que logo virou uma das favoritas por razões óbvias. Mas, lamentavelmente, diante dos telespectadores, sua aceitação não foi tão alta. Perdia constantemente nas votações populares e era salva por Michel Teló. A razão é seu estilo voltado mais para o pop romântico, um gênero que não está em alta no Brasil, vide o excesso de sertanejo e funk no cenário musical.
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Não por acaso, aliás, Laís acabou eliminada para o triunfo de Léo Paim, o candidato sertanejo que venceu todas as votações nas rodadas do time de Teló e acabou campeão na final. O rapaz é talentoso e tem uma ótima voz, fato inegável. Todavia, representa o mais do mesmo. Iguais a ele já existem aos montes pelo país. Por isso mesmo foi decepcionante ver Michel dar os 20 pontos para o cantor, ao invés de premiar mais uma apresentação impecável de Laís. É verdade que essa pontuação não faria diferença no resultado final, pois Léo ainda ficaria com 1% a mais que a rival. Todavia, seria uma justiça do técnico ao talento raro da melhor integrante de seu time.
Laís Yasmin tem tudo para seguir a mesma trajetória de Lucy Alves, uma das favoritas da segunda temporada do The Voice Brasil, em 2013. Ela não ganhou, mas foi a única participante que realmente fez sucesso em toda a história do reality. Até como atriz se firmou, atuando em Velho Chico (2016) e Tempo de Amar (2017). A música de abertura da recém-terminada Orgulho e Paixão, inclusive, foi cantada por ela, que emprestou sua bela voz para a linda Doce Companhia. Que Laís siga um caminho semelhante porque há competência de sobra. Infelizmente, a cantora foi a grande injustiçada da atual edição. O título de vencedora era dela.