O Lady Night foi uma das muitas estreias do Multishow no segmento da comédia. O canal a cabo resolveu investir quase toda a sua programação em formatos de humor, já há algum tempo, sendo vários deles séries ou comédias de situação (Sitcoms).
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A maioria, vale ressaltar, é bem fraca e sem a menor graça. Até mesmo o sucesso Vai Que Cola já cansou. Porém, o programa criado para Tatá Werneck teve uma primeira temporada boa demais, exibida entre abril e maio deste ano. Uma grata surpresa. Tanto que a segunda voltou em outubro.
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A primeira leva de episódios da atração teve uma Tatá totalmente à vontade e convidados que se divertiram com a conhecida habilidade da apresentadora em improvisar, mesmo diante de um roteiro pré-definido. Era um formato claramente criado para aproveitar o melhor dela, que sempre foi uma das comediantes mais talentosas da extinta MTV. E funcionou bastante. O Talk show entreteve e divertiu o telespectador, além da própria plateia, cujas gargalhadas eram bem espontâneas. Deixou um gostinho de quero mais.
Portanto, esse retorno foi mais do que bem-vindo. E a segunda temporada está conseguindo ser ainda melhor. Isso porque, com o sucesso da primeira, vários famosos se interessaram em participar e a equipe da atração teve muito mais facilidade em arrumar bons nomes para entrevistas. Por sinal, é preciso ressaltar essa questão das conversas.
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Agora, Tatá tem mesclado melhor os momentos de palhaçada com um descontraído bate-papo, arrancando até declarações interessantes de vários convidados, que, à vontade, acabam contando curiosidades raramente citadas em outros programas.
Glória Maria, por exemplo, contou vários casos sobre suas viagens pelo mundo e até falou sobre a adoção das suas filhas. Ainda participou de um quadro onde precisava ler matérias jornalísticas diante de ‘fenômenos climáticos’ e situações inusitadas. A coitada teve que lidar com torcedores enlouquecidos interrompendo, ‘terremoto’, furacão, enfim. E se divertiu.
Cauã Reymond foi outro que se mostrou à vontade na entrevista e quase deu um ‘beijo técnico’ na apresentadora. Já Caio Castro e Tatá fizeram um ‘strip-quiz’, sendo que só ele perdeu peças da roupa, graças ao roubo descarado dela nas perguntas e respostas. A amizade da dupla (e a consequente intimidade) deixou tudo ainda melhor.
Cleo Pires também merece menção. Aproveitando as declarações sobre sexo da atriz, Tatá abusou da ‘sacanagem’ e fez várias perguntas íntimas para a entrevistada, que as respondeu sem o menor constrangimento. As duas se divertiram do início ao fim. Aliás, Tatá consegue deixar todo mundo descontraído no seu programa porque participa de todas as situações constrangedoras com os convidados e sempre procura se expor antes de expor a pessoa. Dennis Carvalho, Luan Santana, Maísa, Marina Ruy Barbosa e Gretchen foram alguns outros que mergulharam na proposta da atração e renderam bastante.
Já o quadro Entrevista com Especialista segue como o maior trunfo do formato. Médicos, arquitetos, videntes, psicólogos, arqueólogos, entre tantos outros profissionais ditos sérios, participam, mas mal abrem a boca. A função deles ali é justamente deixar Tatá brilhar através dos seus trocadilhos infames e impagáveis. Embora leia um texto, ela consegue inserir alguns improvisos dependendo da reação de cada ‘especialista’. E o resultado é sempre hilário. Não há quem segure o riso.
O Lady Night é o programa perfeito para Tatá Werneck e virou o melhor produto do Multishow atualmente. Há fôlego de sobra para muitas outras temporadas e só dependerá mesmo da agenda profissional da apresentadora, que também é atriz e requisitada nas novelas da Globo desde o sucesso como a Valdirene em Amor à Vida. Os convidados, o público e a humorista se divertem.
SÉRGIO SANTOS é apaixonado por televisão e está sempre de olho nos detalhes, como pode ser visto em seu blog. Contatos podem ser feitos pelo Twitter ou pelo Facebook. Ocupa este espaço às terças e quintas