Depois de um adiamento de três semanas, finalmente aconteceu o desligamento do sinal de TV analógico em Goiânia (GO).

O switch-off ocorreu na capital e em mais 28 cidades da região metropolitana e interior do Estado de Goiás, incluindo as outras duas maiores depois da capital, Anápolis e Aparecida de Goiânia.

Para celebrar o fato, duas das quatro principais emissoras da região tiveram edições especiais de seus programas locais. A TV Anhanguera, afiliada Globo, produziu um especial do seu telejornal noturno, o Jornal Anhanguera 2ª Edição.

Em vez do estúdio, o apresentador Matheus Ribeiro ancorou o jornal direto do terraço do Grupo Jaime Câmara, onde fica uma das antenas de transmissão da emissora. Além do noticiário do dia, os repórteres mostraram os últimos preparativos para o desligamento do analógico e a expectativa dos telespectadores para a mudança.

Desde o começo do ano, a TV Anhanguera promoveu uma série de ações de orientação ao público. Com a parceria do Instituto Federal de Goiás, do SENAI e da Seja Digital, a emissora percorreu dezenas de bairros da capital e também as outras cidades que tiveram o sinal desligado.

O departamento de engenharia da TV Anhanguera treinou e capacitou cerca de mil alunos das instituições para que eles pudessem se tornam multiplicadores da mudança. Em sete meses de trabalho, foram distribuídos 404 mil kits de conversor e antena em Goiânia e região.

Já a TV Goiânia/Band fez uma edição quase que integralmente especial do Fala Goiás, seu principal telejornal na hora do almoço. O apresentador Marcos Maracanã, do seu jeito, explicou ao povo o que aconteceria com o sinal analógico.

Por fim, as outras duas emissoras, RecordTV Goiás e TV Serra Dourada/SBT, não fizeram nada de muito especial, produzindo apenas reportagens para o telespectador sobre o fim do sinal analógico e explicando o que aconteceria.

Outro ponto importante do desligamento é que a Simba Content – joint-venture formada por RecordTV, SBT e RedeTV! – entrou em acordo com as operadoras e conseguiu manter o sinal nelas, como queriam os executivos dos canais locais.

Além disso, a Simba não deseja mais fazer o que fez em São Paulo, aprendendo com a experiência ruim de ter pedido audiência fortemente. A permanência dos canais mostra também que já há um avanço nas negociações por um valor que será pago.


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