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A atual novela das seis, em plena reta final, acertou em cheio com os casais secundários. São vários pares atrativos, bem desenvolvidos e com ótima química. Ironicamente, o par principal tem um sério problema em virtude do contexto da história de amor que já foi detalhado em outra postagem. Mas, entre os casais coadjuvantes, há um que conquistou logo no início de Além da Ilusão: Violeta (Malu Galli) e Eugênio (Marcello Novaes).
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O casal tem a fórmula que raramente falha na teledramaturgia: o jogo de gato e rato. Nada mais infalível para um par do que a provocação mútua. E foi o que aconteceu logo que se conheceram, na primeira fase, com Eugênio querendo comprar o terreno do pai de Violeta. Com o tempo, a venda foi feita e a Tecelagem Tropical surgiu tendo os dois como principais sócios. Desde então, a amizade foi solidificada ainda que em meio a várias discussões por conta do machismo dele e do progressismo dela. Mas a tensão sexual nunca deixou de existir.
Com o passar dos anos, os personagens foram ficando cada vez mais íntimos. As constantes crises de Matias (Antônio Calloni), marido de Violeta, ainda resultavam em uma aproximação maior por conta do suporte emocional de Eugênio. Até que não conseguiram mais resistir e se entregaram ao que sentiam uma pelo outro.
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Romance bem construído
Tudo foi muito bem construído por Alessandra Poggi, que fez do par um dos mais atrativos de sua história. É preciso citar também a ótima música tema: Easy, cantada por Adele. Combinou lindamente com a relação. Mas de nada serviria o bom desenvolvimento se os atores não tivessem química. Malu e Marcello já trabalharam juntos e foram um casal na fracassada Três Irmãs (2008). Agora a sintonia pode ser vista em uma obra bem-sucedida.
É sempre um prazer ver Malu Galli em cena. Atriz de muitos recursos que se destaca em todos os seus trabalhos sem grandes dificuldades e independente do peso de sua personagem. No caso, Violeta é um papel de importância na trama: é mãe da mocinha (Isadora – Larissa Manoela) e uma das donas da fábrica que funciona como um dos principais cenários da novela. Malu consegue imprimir leveza para um personagem que sofreu a perda de uma de suas filhas, precisou sustentar a família sozinha e enfrenta a rotina de estar casada com um marido esquizofrênico. Rotina que a impede de ser feliz com seu amor.
A sócia da tecelagem é vítima das convenções da época e depois que foi sequestrada pelo próprio esposo durante um surto do ex-juíz ficou mais retraída. A própria Malu contou que deixou de usar batom vermelho em cena para expor o trauma daquela mulher depois do acontecido. Aliás, a personagem foi a mais enganada da história e vem passando por uma sucessão de provações nas últimas semanas. Sua dor pela perda de Elisa não é respeitada por ninguém, nem pela filha caçula.
Papel merecido
Já Marcello Novaes ganhou um tipo bem diferente do que tem feito na televisão, longe da vilania ou de qualquer traço cômico. Eugênio é um perfil sóbrio, sério. Poderia resultar em um sujeito ranzinza ou antipático na pele de um ator menos talentoso, mas vem sendo interpretado com precisão por Marcello. Ganhou um péssimo papel na problemática O Sétimo Guardião, em 2018, e estava merecendo um desafio que honrasse seu talento.
Ganhou na novela das seis, quatro anos depois. Vale destacar ainda sua boa parceria com outros colegas de cena, como Danilo Mesquita (Joaquim), Bárbara Paz (Úrsula) e Rafael Vitti (Davi/Rafael).
Violeta e Eugênio formam um dos melhores casais de Além da Ilusão e o destaque que Malu Galli e Marcello Novaes vêm tendo na história de Alessandra Poggi, dirigida por Luiz Henrique Rioz, faz jus ao bom desempenho da dupla desde o começo da novela.
Não por acaso, há uma intensa torcida pelo romance nas redes sociais. Os atores transbordam química e sintonia.