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Já é possível observar as primeiras mudanças realizadas em Fuzuê sob a orientação de Ricardo Linhares, que supervisiona o trabalho de Gustavo Reiz. A novela das sete da Globo tem apostado nos personagens mais populares e deixado a história mais simples e fluida.
Miguel (Nicolas Prattes) em Fuzuê (Reprodução / Globo)No entanto, ainda há o que mexer no folhetim das 19h. Há várias situações no enredo que só fazem irritar o público e ninguém aguenta mais. Isso ajuda a explicar a má recepção da obra junto aos espectadores.
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Caça ao tesouro sem fim
Os mais recentes capítulos de Fuzuê avançaram consideravelmente a trama envolvendo a caça ao tesouro que move os personagens principais da novela. Isso é um sinal de que este plot chegará ao fim em breve, quando o tesouro finalmente será encontrado.
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Ainda bem! Desde o início de Fuzuê, a busca pelas preciosidades da Dama de Ouro não empolgou. Pelo contrário. O excesso de mistérios emperrava a trama e só fazia aborrecer o público.
Luna (Giovana Cordeiro) tinha tantos enigmas para desvendar que a mocinha da novela praticamente não possuía vida própria. Como torcer por uma heroína que só aparecia às voltas com chave de sol, de lua, mapas, cruz de ouro… Complicado!
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Bordões sem graça
No início de Fuzuê, o público curtiu quando Luna disparava seu “cê jura, garota?”, evidenciando a personalidade forte da mocinha. Mas a frase logo perdeu a graça depois que ela passou a repeti-la a cada três frases.
Mas nada é pior que o bordão da vilã Preciosa (Marina Ruy Barbosa), que não cansa de repetir “eu sou Preciosa, eu sou poderosa, eu sou perigosa”. Uma frase boba, tosca e que não combina com a personagem, que foi vendida como uma vilã ardilosa.
A repetição constante desses bordões é irritante. A mocinha e a vilã de Fuzuê precisam virar o disco e mudar o discurso urgentemente, porque ninguém aguenta mais tanta ladainha.
Romance vai e vem
O casal principal de Fuzuê nunca empolgou o público. A princípio, o público rejeitou o romance entre a corajosa Luna e o tímido Miguel (Nicolas Prattes). Muita gente, inclusive, passou a torcer para que a mocinha se entendesse com Jefinho Sem Vergonha (Micael Borges) ou até Merreca (Ruan Aguiar).
Por conta disso, o perfil do protagonista foi completamente alterado. Do nada, Miguel aposentou os óculos e o jeito nerd e passou a “se jogar” nas aventuras, deixando a timidez de lado e assumindo uma postura mais heroica. No entanto, seu namoro com Luna passou a ser “ioiô”, com separações e várias situações de ciúme repetitivas.
A mais recente separação, quando Luna viu Miguel beijando Olívia (Jéssica Córes), soou forçada. É certo que o autor precisava colocar um conflito na trama deles, já que ainda está muito cedo para um final feliz. Mas uma história um pouco mais consistente viria a calhar.