Após muitas reclamações do SBT, agora é a vez da Globo declarar guerra ao Ministério da Justiça. O motivo? As questões envolvendo as reprises vespertinas da emissora carioca.
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O órgão do governo fiscaliza a classificação indicativa das produções e vem atribuindo suas decisões sobre as obras dos canais, o que para ambos está avaliado de forma errada.
SBT e Globo editavam suas tramas para seguir com os selos de classificação livre – ou uma recomendação de conteúdo impróprio para menores de 10 anos, no máximo. Mas, na hora do Ministério da Justiça classificar oficialmente o conteúdo, desconsiderava as edições das emissoras.
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Desistiu de brigar
O canal de Silvio Santos (foto acima), que se cansou de brigar para manter seus folhetins classificados entre 10 e 12 anos, agora transmite tudo na íntegra, com selo de 14.
Quem gostou da atitude foram os fãs das novelas mexicanas, que passaram a conferir as produções na íntegra, chegando a vibrar com reprises mais completas que em suas transmissões originais.
Guerra global
Só que a líder de audiência não quer ter, de jeito nenhum, as suas tramas do Vale a Pena Ver de Novo, como O Rei do Gado (foto acima), exibidas com a mesma atribuição do SBT e resolveu peitar o MJ.
De acordo com o Notícias da TV, a rede se sentiu lesada com o Cocind (Coordenação de Classificação Indicativa) ignorando suas edições. Assim, a Globo recorreu e irá obrigar o órgão governamental a analisar o que irá para o ar.
Ainda segundo o portal, a emissora carioca não deseja ter nenhum produto, principalmente os melodramas, taxados como inapropriados para menores de 14 anos, já que isso poderia provocar uma debandada dos patrocinadores.
Sucesso censurado
Com isso, Mulheres Apaixonadas (foto acima), que acabou de voltar ao ar, teve a sua classificação definida pela própria estação com base nos critérios estipulados pelo MJ, que precisará acompanhá-la diariamente a fim de conferir se as cenas levadas ao ar realmente correspondem ao proposto pelo canal.
Na nova exibição, a história de Manoel Carlos será recomendada a maiores de 12 anos, diferente de sua versão completa, que era de 14.
Espera-se uma versão mais enxuta, sem a prevalência de temas pesados, como violência e romance entre professora e aluno.
Cabe lembrar que, desde 2016, após uma luta das emissoras, que a classificação indicativa não pode mais definir os horários que tais produtos poderão ser veiculados.