Irretocável como Leopoldina em Novo Mundo, Letícia Colin vive seu melhor momento na carreira

19/09/2017 às 10h00

Por: Sergio Santos
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Novo Mundo é daquelas novelas que ficarão marcadas pelo contexto histórico. O folhetim de Alessandro Marson e Thereza Falcão aborda alguns dos mais estudados momentos do país nas escolas: a época do domínio de Portugal, das desventuras de Dom Pedro, da soberania da Corte Portuguesa, do Brasil Império, enfim… E, claro, para isso era necessária a presença de tipos que realmente existiram se misturando com personagens fictícios, tornando a escalação um desafio grande. Pois os autores se saíram muito bem na missão. E o maior acerto foi a escolha de Letícia Colin.

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A escalação da intérprete para viver a princesa Carolina Josefa Leopoldina de Habsburgo-Lorena, depois conhecida como Maria Leopoldina de Áustria, foi certeira. A personagem, que foi casada com Dom Pedro I, é uma das mais lembradas e citadas por historiadores, pois teve um papel fundamental para o processo de Independência do Brasil. E sua vida daria mesmo um dramalhão clássico de novela. A escolha para viver um perfil tão rico exigia muita responsabilidade, onde um erro seria fatal para o núcleo principal de Novo Mundo. Mas, o acerto ficou evidente logo no primeiro capítulo, firmando essa ótima impressão até hoje, em plena reta final.

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É nítido o trabalho, tanto de prosódia quanto de postura corporal, que a atriz teve para compor a princesa austríaca. O seu sotaque francês é adorável e deixou a personagem cativante, pois serve para imprimir um toque de doçura que casou perfeitamente com o papel.

Vale ressaltar, inclusive, que sotaques em novelas sempre rendem “polêmicas” e incômodos – alguns da própria novela renderam críticas iniciais, como o português de Caio Castro como Dom Pedro, por exemplo -, mas não foi o caso dela, que conseguiu evitar a caricatura com louvor. O seu andar em cena também merece menção, pois reflete o porte de uma realeza. E soa natural.

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Não é exagero afirmar que Letícia Colin vive seu melhor momento na televisão. Ganhou uma grande personagem e soube aproveitar a maior oportunidade que teve na Globo até agora. Revelada na série Sandy e Junior, em 2001, a atriz se destacou em Malhação, na pele da atrapalhada Kailane, em 2002, e chegou a ser apresentadora do infantil TV Globinho (2003). Foi para a Band em 2005, onde participou de Floribella, novela infantil de sucesso da emissora. Em 2007, se transferiu para a Record, integrando o elenco de três novelas e uma minissérie: Luz do Sol (2007), Chamas da Vida (onde brilhou como Vivi, em 2008), A História de Ester (2010) e Vidas em Jogo (2011). Já em 2013 voltou para o canal que a lançou, participando da fracassada Além do Horizonte.

Antes desse seu grande desempenho em Novo Mundo, Letícia havia emocionado vivendo a Elisa em Sete Vidas (2015), novela linda de Lícia Manzo. Foi nessa produção, inclusive, que ela formou uma parceria bem-sucedida com Isabelle Drummond (Júlia), repetindo a dobradinha atualmente em Novo Mundo através da cumplicidade entre Leopoldina e Anna Milmann. As duas sempre emocionam em cena e crescem juntas. Vale destacar ainda o bom desempenho da atriz na série Nada Será Como Antes, exibida ano passado, quando viveu a forte Júlia. Fora os trabalhos no teatro e no cinema, que engrandecem seu currículo, embora ainda seja uma jovem profissional.

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A intérprete vem sendo um dos maiores destaques da atual novela das seis e protagonizando cenas muito emocionantes ao longo da história, como o instante em que Leopoldina perdeu seu filho, o primogênito João Carlos. Difícil não ter chorado junto vendo a tristeza profunda da princesa, que também precisa lidar com as constantes traições de Dom Pedro. Sua vida é um drama digno de folhetim mexicano. E Letícia passa veracidade nas sequências, se entregando aos sentimentos da personagem, que é extremamente doce, íntegra e humana. Vale destacar, ainda, obviamente, toda a sequência em cima do processo de independência do Brasil, quando a personagem virou imperatriz, sendo a principal responsável pela libertação do país, entrando em acordo com os ministros e incentivando o marido a tomar a decisão certa, que acabou sendo um marco histórico.

“Novo Mundo” tem sido uma novela merecedora de muitos elogios e a escalação de Letícia Colin é uma das razões que refletem o êxito da produção. Se Dom Pedro é a figura mais citada nos livros de história, pode-se constatar facilmente que a sua esposa ganhou uma nova e merecida dimensão com o folhetim. Essa princesa com certeza ficará na memória dos noveleiros e Leopoldina ganhou uma intérprete irretocável. A personagem histórica tinha que ser da atriz.


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