Incêndio nos Estúdios Globo destrói galpão de apoio a Deus Salve o Rei, próxima novela das 19h
09/11/2017 às 21h15
O galpão de apoio às gravações de Deus Salve o Rei, próxima novela das 19h, pegou fogo no início da noite desta quinta-feira (9). De acordo com comunicado oficial, emitido pela Central Globo de Comunicação às 20h26, o incêndio teve início por volta das 18h.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O local foi rapidamente evacuado; o protagonista Rômulo Estrela e o diretor artístico Fabrício Mamberti trabalhavam no galpão quando foram detectadas as primeiras chamas, segundo informações da jornalista Patrícia Kogut. Não há registros de feridos; bombeiros do 12º Grupamento de Bombeiros ainda trabalham no combate ao fogo
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A Band, a GloboNews, a RecordTV Rio e a Globo, durante o Jornal Nacional, exibiram imagens do incêndio ao vivo. Pelo material gerado por estes canais, foi possível mensurar as proporções do incidente – cujas causas ainda são desconhecidas. As fortes chamas consumiram praticamente toda a estrutura do galpão. Ainda não informações a respeito das causas do incêndio.
Também não é possível afirmar, no momento, os danos causados à produção de Deus Salve o Rei, cuja estreia está mantida para 9 de janeiro. O galpão abrigava os cenários do castelo; possivelmente, o da rainha Crisélia (Rosamaria Murtinho), cuja morte deflagra o “jogo de empurra” entre seus netos, Afonso (Rômulo) e Rodolfo (Johnny Massaro), desinteressados em assumir o reino.
LEIA TAMBÉM:
● Fim do Caldeirão? Globo toma decisão sobre as tardes de sábado
● Quitar dívidas: Jornal Nacional dá notícia importante para brasileiros com nome sujo
● Agora vai? Continuação de Cheias de Charme é confirmada por atriz
A novela de Daniel Adjafre, ambientada na Idade Média, demanda uma estrutura especial: a cidade cenográfica, que reproduz os reinos de Artena e Montemor, consiste em dois galpões de 35m x 70m e 35m x 75m – além de uma área de 1.800 metros quadrados com cenários fixos. O ambiente é totalmente ‘indoor’: coberto, protegido das condições climáticas, promovendo a atmosfera que remete ao clima europeu.
Histórico
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Em julho de 1969, os estúdios da Globo em São Paulo foram parcialmente destruídos pelo fogo. Na ocasião, a produção da novela A Cabana do Pai Tomás, exibida às 19h, foi transferida para o Rio de Janeiro. A emissora então foi obrigada a esticar a trama das 20h, Rosa Rebelde, já que não tinha condições de abrigar num mesmo espaço o trabalho de quatro folhetins: ‘Cabana’, ‘Rosa’ e sua substituta (Véu de Noiva) e A Ponte dos Suspiros, cartaz das 22h.
Um incêndio de grandes proporções atingiu a Globo em 4 de junho de 1976, dia da exibição do último capítulo de Pecado Capital, às 20h. O fogo, que teve início após um curto-circuito no sistema de ar condicionado, se espalhou por dutos e atingiu boa parte das instalações da emissora. Na ocasião, três capítulos de Vejo a Lua no Céu (18h) e um de Anjo Mau (19h) se perderam. As gravações – incluindo as de O Feijão e o Sonho, substituta de ‘Vejo a Lua’ – foram transferidas para os estúdios da TV Educativa e da Cinédia.
O Xuxa Park, matinal apresentado por Xuxa aos sábados, chegou ao fim em 11 de janeiro de 2001, após um incêndio que consumiu todo o cenário da atração, durante as gravações. A Rainha dos Baixinhos apresentava um número musical quando as chamas começaram a destruir a “nave”, posicionada no centro do estúdio. 300 pessoas estavam presentes no local; 26 ficaram feridas, com queimaduras de primeiro, segundo e terceiros graus. Os casos mais graves foram os de Thamires Gomes Valleja, de 7 anos, que ficou presa numa roda-gigante, e de Leonilson Vieira, segurança particular de Xuxa, que resgatou a menina. Ambos se recuperaram dos ferimentos depois de um longo período de internação e operações plásticas custeadas pela Globo.
Já em julho de 2008, cerca de 15% das edificações da cidade cenográfica de Três Irmãs – outra produção das 19h – foram consumidas pelas chamas. Ninguém se feriu. E o prejuízo de R$ 10 mil foi considerado “irrisório”. A emissora acelerou o passo para reconstruir o que foi destruído antes do início das gravações, no mês seguinte. Para facilitar os trabalhos, o diretor Dennis Carvalho optou por abrir os trabalhos com as cenas em estúdio.