Implosão do G3 e saída de Sarah comprovam regra primordial do BBB

01/04/2021 às 0h52

Por: Sergio Santos

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A vigésima primeira edição do Big Brother Brasil já se encaminha para o terceiro mês. A temporada é um sucesso de audiência e era de se esperar: um dos raros produtos de entretenimento inédito da programação noturna. Muita água ainda vai rolar na casa mais vigiada do Brasil até maio, mês do encerramento do reality. E várias reviravoltas já aconteceram no programa, mas a maior delas foi a destruição do chamado G3, composto por Juliette, Gil e Sarah.

Embora alguns insistam, o G3 não foi uma ilusão do público. A união realmente chegou a existir. Cada um teve uma razão para virar querido da audiência nas primeiras semanas de reality. A primeira foi Juliette. O público simpatizou de cara com a participante, tanto que foi uma das seis imunizadas logo na estreia do BBB 21. Todavia, a paraibana acabou detonada nas redes sociais por conta de seu jeito exagerado e a ‘perseguição’ imediata a Fiuk. Mas, pouco tempo depois que o sexteto do andar de cima se mudou para a casa e conheceu o restante do elenco, houve uma virada a favor de Ju.

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Ninguém suportou a personalidade forte de Juliette. Nem as brincadeiras que fazia. Não demorou para se transformar na perseguida. Isolada e humilhada por todos os colegas, Ju virou uma espécie de mocinha injustiçada. E como o público reage quando uma situação do tipo acontece? Acolhe. Dito e feito. A até então chata que perturbava Fiuk virou a queridinha do telespectador e o número de seguidores nas redes sociais da participante dispararam. Já Fiuk se mostrou um bobalhão com frases constrangedoras e ainda debochou de Juliette, o que também ajudou sua então ‘algoz’.

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Já Gilberto ganhou simpatia do público logo no início em virtude de seu jeito alegre de viver, sem medo de julgamentos. Homossexual e bem resolvido, o participante aproveita as festas como poucos e ainda protagonizou o primeiro beijo entre dois homens na história do reality. Embora breve, seu envolvimento com o controverso Lucas — também alvo de humilhações e excluído da casa (acabou desistindo porque não suportou os ataques) –, assim como Juliette, agradou. Mas só isso não bastaria para um favoritismo. Gil também jogava muito bem. Atento aos seus adversários, foi o primeiro que comprou a briga de Ju e enxergou o jogo baixo de Karol Conká. Também não ligava em combinar votos para enfrentar o grupo que estava em maioria na casa. Ainda formou uma dupla hilária com Sarah.

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Aliás, Sarah virou candidata forte ao prêmio por conta de sua sagacidade. A participante parecia que estava assistindo com o público do lado de fora. Impressionava como conseguia analisar com precisão as jogadas dos demais. A sua principal estratégia ainda virou motivo de diversão para quem assistia: se ‘camuflava’ para ouvir as conversas alheias no quarto dos inimigos. Ela mesma já explicou que tirava sua mala do local (o quarto colorido) porque servia de pretexto para se arrumar lá e escutar os papos. O pior é que funcionava. E a aproximação com Gil se deu por conta das impressões em comum sobre os demais. O ranço pela Pocah, por exemplo. Desde então ficaram inseparáveis e com ótimas análises de jogo.

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O jogo parecia ganho para os três. Conseguiriam eliminar qualquer um e todos teriam chances reais de vitória na final. Mas tudo começou a naufragar quando Caio começou a falar mal de Juliette pelas costas porque a participante se recusava a falar mal de Carla Diaz junto com os demais. Por sinal, Caio e Rodolffo sempre foram uma pedra para a solidificação do G3. Sarah e Gilberto logo se deixaram influenciar e começaram a criticar a até então amiga. Mas não foi o bastante. Ambos também preferiram descartá-la no jogo e pararam de falar sobre votos com ela. Para culminar, Carla foi para um paredão falso, viu Gil, Sarah, Caio e Rodolffo acabando com Juliette, e voltou para o programa. O desespero de Gil e Sarah ficou evidente. Mas o maior medo deles nem foi o que falaram de Carla e, sim, o que criticaram em Juliette. Tanto que correram para se desculpar com a colega antes que Carla contasse algo.

Juliette nunca soube o teor real das conversas sobre ela, apenas uma parte. Gil confessou que achou que Ju virou amiga de Viih Tube por causa do número de seguidores da influenciadora e que se aproximou de Pocah porque ‘lambe famosos’. Também confirmou que viu maldade quando Ju sentou no instante que Lumena veio com o dedo apontado para a cara da participante. Mas não contou a respeito de sua declaração sobre achar que Juliette o acolhia para se promover e que se sentiu ‘machucado’ quando a amiga o chamou de ‘bicha nordestina’ (uma mentira, pois quem o chamou assim foi Lumena). Já Sarah não só corroborou com tudo o que o parceiro criticou em Juliette, como se indignou que a ex-amiga ‘só fala de nordeste’. Ainda chegou a dizer na cara de Juliette que não fazia questão de se resolver com ela porque só conversa com quem se importa. Os aliados viraram rivais.

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E o público comprou um lado. O de Juliette. Desde o primeiro BBB, há uma regra criada pelos telespectadores: é proibido trair o amiguinho. Todos os participantes que traíram suas amizades foram implacavelmente condenados por quem assistia. Nunca houve perdão. Alguns casos mais conhecidos foram o de Fani ‘traindo’ Siri e Alemão, no BBB7; o de Daniel falando mal de Maria, na reta final do BBB 11 (ironicamente melhores amigos até hoje); e Marcela e Gizelly se afastando de Thelma, no recente BBB 20. Gil e Sarah se arruinaram no jogo quando descartaram Juliette e se fecharam com Caio, Rodolffo e depois Fiuk.

A completa destruíção do G3 se deu neste domingo (28/03), quando Sarah se chocou na hora que Rodolffo e Caio votaram nela, o que contribuiu para sua ida ao paredão. Isso porque na semana anterior, Gilberto, como líder, indicou Rodolffo, após a declaração preconceituosa do cantor sobre o vestido que Fiuk usava. E Sarah não teve pudor em votar em Juliette, que descobriu o voto ao vivo através do Dedo-duro.

Por ironia do destino, a traição que Ju sentiu quando se viu votada por Sarah foi sentida pela ex-aliada quando se deparou com os votos de dois homens que preferiu defender durante toda a sua participação no BBB 21. Sarah optou por descartar a única amiga de verdade que teve na casa para bajular duas pessoas que nunca a suportaram. E não foi por falta de aviso. Juliette tentou alertá-la várias vezes, mas ouvia da ‘amiga’: De você eu não escuto não. O triste desfecho do trio aconteceu com a eliminação de Sarah, nesta terça (30/03), com 76,76% dos votos – em um paredão contra Rodolffo (22%) e Juliette (1,24%) -, após uma dupla punhalada. Um castigo merecido para quem não valorizou uma aliança que teria tudo para ser a mais emblemática da edição. Agora resta no jogo uma Juliette cada vez mais favorita e um Gilberto perdido em suas certezas. Que venham os próximos conflitos.

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