Nilson Xavier

Uma das atrizes mais charmosas de nossa televisão, Ilka Soares nos deixou neste sábado (18). De acordo com o G1, estava internada para o tratamento de um câncer no pulmão. Tinha 89 anos.

Ilka Soares

Ilka Hack Soares nasceu no Rio de Janeiro, em 21 de junho de 1932. A família da mãe ascendia de alemães e franceses. Os pais separaram-se na infância e ela deixou de ter contato com a família paterna.

De beleza estonteante, na juventude trabalhou como modelo, desfilou e foi capa de inúmeras revistas.

Tudo começou em 1947, quando candidatou-se ao concurso Miss Brasil. Na ocasião, Ilka conheceu os cineastas que a convidaram para testes para o filme Iracema, que, lançado em 1949, tornou-se seu primeiro trabalho atrás das câmeras.

Ilka Soares e Dennis Carvalho

Sua produção cinematográfica aconteceu essencialmente nos anos 1950, tendo atuado nas companhias Vera Cruz e Atlântida. No início desta década, conheceu o ator e produtor Anselmo Duarte, com quem casou-se e teve dois filhos: Anselmo Jr. e Lydia.

Trabalhos na televisão

Ilka Soares

Na década de 1960, Ilka foi para a televisão. Além de atuar em teleteatros, foi apresentadora do programa Noite de Gala e do Festival Internacional da Canção. Nesta época, já separada de Anselmo, conheceu o executivo da TV Globo Walter Clark, com quem casou-se, pai de sua filha Luciana.

Na década de 1970, Ilka atuou em novelas da Globo, sempre em papeis de destaque: Vera em O Cafona (1971), Dalva em Bandeira Dois (1971-1972), Marilu em Anjo Mau (1976), Celeste em Locomotivas (1977) e Helena em Te Contei? (1978).

Ilka Soares

Nas décadas seguintes, atuou em várias emissoras, geralmente em participações especiais, em produções como Louco Amor (1983), Novo Amor (1986), Mandala (1988), Top Model (1989), Barriga de Aluguel (1991), Pecado Capital (1998) e outras. Seu último trabalho na TV foi em 2007, na série da HBO Mandrake.

Sempre uma presença exuberante, que chamava a atenção pela beleza e charme requintados, Ilka ficou marcada por papeis de mulher fina nas novelas da década de 1970. No entanto, foi a tímida e retraída Celeste de Locomotivas a sua personagem mais emblemática de nossa TV.

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Desde criança, Nilson Xavier é um fã de televisão: aos 10 anos já catalogava de forma sistemática tudo o que assistia, inclusive as novelas. Pesquisar elencos e curiosidades sobre esse universo tornou-se um hobby. Com a Internet, seus registros novelísticos migraram para a rede: no ano de 2000, lançou o site Teledramaturgia, cuja repercussão o levou a publicar, em 2007, o Almanaque da Telenovela Brasileira. Leia todos os textos do autor