Quem poderia imaginar que o bastidor de um programa de comédia fosse diferente da alegria vista nos palcos? Mas era exatamente assim que A Escolinha do Professor Raimundo era: profissionalismo e alegria para a televisão e pura tristeza nos camarins.

Chico Anysio
Reprodução / Globo

Quem revelou tamanho paradoxo foi Nizo Neto, filho de Chico Anysio, que participou do programa interpretando o personagem Seu Ptolomeu. Segundo ele, o clima fora das gravações beirava a depressão.

“As pessoas dizem: ‘Os bastidores da Escolinha deveriam ser uma festa’. Não eram. Um bando de gente deprimida, né? Comediante é melancólico. Costinha, por exemplo, era um cara completamente sem graça, mal-humorado, quietão… E, no palco, ele era um monstro, imbatível”, confessou.

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Queria ser galã

Nizo Neto e Danilo Gentili
Reprodução / SBT

A declaração é recente e veio ao ar no programa The Noite com Danilo Gentili, atração exibida nas madrugadas do SBT. Na edição da última quinta-feira (6), além de chocar o público revelando o verdadeiro clima por trás das câmeras, Nizo falou sobre o seu lado humorista.

“Me fez muito famoso. Foi aí que eu saí do armário como comediante, porque eu não me achava engraçado”, disse.

Apesar do sucesso no humorístico dos anos 90, Nizo, que também é dublador, confessou que, como ator, gostaria de ter realizado outro tipo de trabalho.

“Gosto de tudo um pouco, o bom da nossa profissão é essa diversidade. Eu queria ser galã de novela, não fui. Acho que não fiz algumas conexões sociais”, pontuou.

Mais uma

Fafy Siqueira

Contudo, o artista não foi o único a revelar os corredores de uma das maiores obras do humor brasileiro. Fafy Siqueira (foto acima), que também participou do programa, contou à Patrícia Kogut que não gostava do clima por lá.

“Eu odiava os bastidores da Escolinha. Os homens só sabiam falar de futebol e se achavam os maiorais”, disparou.

Ela ainda causou mais polêmica ao confessar quais das versões que o formato teve que gostou mais.

“Aliás, sei que vão me odiar por dizer isso, mas eu achei essa nova versão da Escolinha muito melhor. Foi o que aconteceu com o Zorra Total [1999-2015] no fim. Estava muito chato”, afirmou.

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Dyego Terra

Dyego Terra é jornalista e professor de espanhol. É apaixonado por TV desde que se entende por gente e até hoje consome várias horas dos mais variados conteúdos da telinha. Já escreveu para diversos sites especializados em televisão. Desde 2005 acompanha os números de audiência e os analisa. É noveleiro, não perde um drama latino, principalmente mexicano, e está sempre ligado na TV latinoamericana e em suas novidades. Análises e críticas são seus pontos fortes. Leia todos os textos do autor