O ator Pedro Paulo Rangel faleceu nesta quarta-feira (21), aos 74 anos. O artista era diagnosticado, há 20 anos, com uma doença obstrutiva pulmonar crônica; no caso, o enfisema. Ele estava internado desde 30 de outubro na Casa de Saúde São José, no Rio de Janeiro.
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Dono de uma galeria de tipos inesquecíveis da teledramaturgia nacional, Pedro Paulo Rangel sempre manteve a discrição com relação à sua vida pessoal. O ator não se casou e não teve filhos. Sendo assim, fica a dúvida sobre o destino do patrimônio do artista.
Discreto
Divulgação / Globo
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Muito popular junto ao público, sobretudo em razão dos vários papéis bem humorados em novelas, séries e humorísticos, Pedro Paulo Rangel sempre foi discreto com relação à sua vida pessoal. Em 2015, numa entrevista ao site RD1, o ator falou sobre isso.
“Nunca entrei em conflito por ser uma pessoa pública. Talvez por não ter que agir como um galã”, afirmou.
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Arrependimento
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No entanto, Pedro Paulo Rangel foi sincero ao falar sobre um grande arrependimento que tinha.
“Se tem algo de que eu me arrependa profundamente é de ter começado a fumar. Se vejo um fumante, digo: ‘Não faça isso, espelhe-se no meu caso’. Aí conto umas coisas tristes pra impressioná-lo. Hoje em dia, eu só sou viciado em séries, adoro!”, declarou ao Jornal Extra.
“Parei de fumar em 1988, no século passado. Adotei uma vida saudável, aprendi a nadar, andava na praia… E em 2002 soube que estava doente. Eu não senti a doença, eu a descobri. É traiçoeira. Quando aparece, não tem mais chance. Mas eu consigo levar a vida muito bem, desde que esteja medicado. Faço fisioterapia e atividades físicas com um personal”, revelou.
Herança
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O caso de Pedro Paulo Rangel é parecido com o de astros como Jô Soares e Claudia Jimenez, artistas que não tinham herdeiros diretos.
No caso do apresentador, foi revelado que ele deixou um testamento que determinava com quem ficaria o seu patrimônio.
Caso Pedro Paulo Rangel não tenha deixado um documento do tipo, a ordem sucessória é estabelecida pelo Código Civil e, na falta de cônjuge e filhos, são considerados irmãos, sobrinhos, tios, primos, tio-avô e sobrinho-neto. Porém, nestes casos, uma classe de herdeiros exclui a outra.
“Se o falecido tiver esposa e filhos, os pais não recebem nada. Se tiver apenas esposa, a herança será dividida entre ela e os pais do falecido. Se tiver apenas pais, ou apenas esposa, os irmãos não têm direito à herança. Se tiver apenas irmãos (e nenhum herdeiro necessário), os tios e sobrinhos não irão herdar coisa alguma, e assim por diante. Se o autor da herança quiser beneficiar algum parente que não seja herdeiro necessário, ele deverá fazer um testamento”, explicou a advogada Danielle Freitas no site Jus Brasil, falando sobre o caso de Jô Soares.
Dessa forma, se o ator não deixou um testamento, seu patrimônio deve ser dividido entre seus parentes mais próximos vivos. No entanto, esses detalhes provavelmente não serão conhecidos publicamente.
