Mulheres Apaixonadas, sucesso da Globo escrito por Manoel Carlos, está sendo reprisada no Vale a Pena Ver de Novo. Na reexibição da trama produzida em 2003, é possível ver nomes que estão afastados da telinha, como Christiane Torloni, Natália do Vale, Dan Stulbach e Helena Ranaldi (foto abaixo), musa que está longe das novelas desde 2014, quando deu vida a Verônica na trama Em Família, também do autor.

Helena Ranaldi flagrada em shopping do Rio de Janeiro
Helena Ranaldi flagrada em shopping do Rio de Janeiro – Rodrigo Adão / AgNews

A atriz, que começou sua carreira como modelo nos anos 1980, fez sua estreia em folhetins interpretando Stefânia Laranjeira, de A História de Ana Raio e Zé Trovão (1990), na Manchete. O trabalho seguinte foi na Globo. Nina, que herdou do pai Sirineu Farfan (Mauro Mendonça) a habilidade para a mecânica, foi um dos destaques de Despedida de Solteiro (1992).

Helena Ranaldi seguiu na emissora carioca com tipos obsessivos, como em Olho no Olho (1993), Quatro por Quatro (1994) e Explode Coração (1995). Em 1996, a artista se dividiu entre a apresentação do Fantástico e o trabalho em Anjo de Mim e, posteriormente, fez boas parcerias com Manoel Carlos, entrando na novela Laços de Família (2000) e na minissérie Presença de Anita (2001).

Destaque em Mulheres Apaixonadas

Mulheres Apaixonadas - Dan Stulbach e Helena Ranaldi
Renato Rocha Miranda / Globo

O grande papel de Helena Ranaldi foi em Mulheres Apaixonadas, quando ela viveu a professora de educação física Raquel, que se apaixona por seu aluno Fred (Pedro Furtado). A docente, porém, é perseguida por seu marido Marcos (Dan Stulbach), um homem violento que bate nela de muitas formas – uma delas com uma raquete de tênis.

Após este grande sucesso, Helena representou personagens não tão expressivas em Senhora do Destino (2004), Páginas da Vida (2006), A Favorita (2008) e Fina Estampa (2012).

A Favorita - Helena Ranaldi
Helena Ranaldi em ‘A Favorita’ – (Foto: Divulgação / Globo)

Em entrevista ao Extra, em 2020, a atriz explicou o motivo para estar afastada dos folhetins desde Em Família.

“Logo depois, não tive o contrato renovado e me senti com muita liberdade para escolher os trabalhos. Quando fiz esse espetáculo em São Paulo, seguindo em temporada por mais três meses, eu ia e voltava para o Rio. Meu apartamento ainda era na cidade e meu filho, Pedro, estava lá. Só que fui convidada para fazer outras peças e fiquei morando em São Paulo”.

“Sou paulistana, minha família é daqui, meu filho quis vir para cá, comecei a namorar uma pessoa daqui (o ator Daniel Alvim), e uma coisa foi puxando a outra”, complementou.

Condição

Daniel Alvim e Helena Ranaldi
Daniel Alvim e Helena Ranaldi (Foto: Reprodução / Instagram)

Apesar da falta da TV, Helena, que tem 57 anos e é casada com o ator Daniel Alvim, garantiu que só voltaria a atuar com uma condição: que fosse com um papel interessante.

“Voltaria à televisão só por um bom personagem, mas não existe um papel específico que gostaria de fazer na TV. Quando falo de bom personagem, falo de um personagem que tenha conflito, que seja atuante dentro da trama e que desperte interesse do público e principalmente o meu interesse”, afirmou em entrevista ao jornal O Globo, ano passado.

Mesmo longe do veículo, Helena Ranaldi é lembrada pelo público da antiga e por jovens, que vêm conhecendo o seu trabalho pelas reprises das novelas no Viva, como a atual Coração de Estudante, e pelo Globoplay:

“Sempre tem gente ainda olhando pra mim, pedindo foto. E não tenho incômodo nenhum de recordar trabalhos antigos. Pelo contrário. Tenho carinho por todos os personagens que fiz na TV, e acho que aprendi muito com todos. Nunca tive problema com a questão do assédio. Se seguisse outra profissão e não tivesse me tornado uma pessoa pública, tenho certeza que minha vida e minha intimidade estariam preservadas da mesma forma”.

Helena não parou de atuar. Além do teatro, ela esteve presente na série As Canalhas, exibida em 2015 pelo GNT, e fez uma participação em Carcereiros, produção da Globoplay de 2019.

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Fábio Marckezini é jornalista e apaixonado por televisão desde criança. Mantém o canal Arquivo Marckezini, no YouTube, em prol da preservação da memória do veículo. Escreve para o TV História desde 2017 Leia todos os textos do autor